Babá disse à mãe que Jairinho deu rasteira e chutou Henry, diz polícia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou hoje que a babá do menino Henry Borel, morto em 8 de março, avisou à mãe da criança, a professora Monique Medeiros, cerca de um mês antes do crime, que o menino vinha sofrendo uma "rotina de violência" com chutes e rasteiras desferidas pelo padrasto do menino, o vereador Doutor Jairinho (Solidariedade).
"A babá fala que o Henry relatou a ela que o padrasto o pegou pelo braço nos termos escritos, deu uma banda, que é uma rasteira, chutou. No momento, ficou bastante claro que houve uma lesão ali. Na própria continuidade [da conversa], a própria babá fala [para Monique] que o Henry estava mancando. Que quando foi tomar banho, ele não a deixou lavar a cabeça dele porque estava com dor na cabeça", afirmou o delegado Henrique Damasceno da 16ª DP, que está à frente do caso.
Para o delegado, está claro que a babá, identificada somente como Thainá, mentiu em depoimento à polícia ao falar que o casal e o menino tinham "uma relação harmoniosa". Damasceno afirmou ter provas de que a funcionária não falou a verdade e que, Monique, ao ter conhecimento do caso não retirou Henry de perto de Jairinho.
"Eu tenho provas de que a babá sabia e eu sei que ela mentiu [no depoimento]. Eu tenho provas que a mãe sabia e eu sei que ela mentiu. A babá avisou para a mãe, ela fez o que se espera de uma babá. A mãe não procurou a polícia, não afastou o agressor. No dia da morte, a babá não estava lá", disse Damasceno.
De acordo com a polícia, a funcionária declarou ainda que Henry era ameaçado por Jairinho.
"Se você contar eu vou te pegar, você está prejudicando a vida da sua mãe", teria dito Jairinho ao menino, segundo a polícia. De acordo com a investigação, "não resta a menor dúvida em relação aos elementos que nós temos sobre a autoria do crime".
Segundo o delegado, as circunstâncias e razões para a babá ter mentido no depoimento serão apuradas e, como a funcionária foi ouvida na qualidade de testemunha, ela poderá responder por falso testemunho.
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