Ex de Jairinho depõe por 5 horas sobre relação com vereador
Ex-mulher do médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), Ana Carolina Ferreira Netto é ouvida pelos agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) como testemunha no inquérito que investiga a morte do menino Henry Borel. Às 20h, a mulher já prestava depoimento havia quase 5 horas.
A nutricionista chegou à delegacia por volta das 15h e entrou pela porta lateral do prédio sem falar com a imprensa.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes querem entender melhor o histórico do vereador Dr. Jairinho e como era a relação do parlamentar com a ex-mulher e com os dois filhos que o casal teve.
Em janeiro de 2014, Ana Carolina Netto chegou a registrar uma ocorrência relatando ter sofrido agressões por parte do parlamentar. Ela ainda tentou retirar a queixa, mas o laudo de corpo de delito confirmou a violência. Porém, como ela não deu prosseguimento à acusação, o caso foi arquivado.
Após a morte de Henry, a defesa de Dr. Jairinho chegou a divulgar uma carta escrita à punho pela ex negando que o casal tivesse tido qualquer tipo de desentendimento. Essas contradições chamaram a atenção da polícia.
Outro depoimento importante para o caso e que seria realizado hoje era o da babá de Henry Borel, Thayná de Oliveira Ferreira. A mulher, acompanhada do marido, chegou a se dirigir até a 16ª DP, mas ao ver a movimentação dos jornalistas, desistiu de prestar esclarecimentos por ter ficado nervosa. A nova oitiva deve acontecer na semana que vem.
Durante as investigações da morte de Henry Borel, a polícia descobriu mensagens trocadas entre a cuidadora do menino e a mãe da criança, Monique Medeiros. Nos textos, a babá alertava a professora sobre agressões de Jairinho contra a criança.
Em conversa no dia 12 de fevereiro, a criança relata à babá que sofreu uma "banda" (rasteira) e chutes. A cuidadora conta que o menino disse que essa não teria sido a primeira vez que sofreu agressões do padrasto. A violência sofrida por Henry e as mensagens aconteceram em tempo real.
Apesar disso, em depoimento prestado no dia 24 de março, Thayná Ferreira alegou aos policiais que não percebeu nenhuma anormalidade na casa do casal e que também nunca notou machucados pelo corpo de Henry ao dar banho no menino.
O promotor Marcos Kac, responsável pelo Caso Henry, afirmou à CNN que Thayná Ferreira realizou um falso testemunho quando depôs sobre o crime, mas que a sua prisão não é necessária para as investigações.
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