Caso Henry: Ex de Jairinho relatou à polícia briga com chutes e traições
A ex-mulher do vereador Dr. Jairinho e mãe de seus dois filhos relatou ontem (9) à polícia ter sofrido agressões do ex-marido em 2013 durante uma briga em que se negou a fazer uma viagem de lua de mel. Segundo ela, o vereador —preso em decorrência da investigação do assassinato do menino Henry Borel— desferiu contra ela chutes na canela.
Ana Carolina Netto chegou a fazer uma denúncia na época e passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). Ela contou ter ficado separada do marido por seis meses, mas que, quando retomaram o relacionamento, ela retirou a queixa para se retratar.
O UOL teve acesso ao depoimento prestado na noite de ontem na 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca). A empresária viveu 21 anos com Jairinho e teve um relacionamento amoroso conturbado que, segundo ela, causou muito sofrimento devido às traições descobertas.
O episódio da agressão foi vivenciado uma única vez, mas a infidelidade do vereador e o perfil de "namorar amantes" era constante, segundo a empresária.
Ana Carolina relata que era perseguida, afrontada e recebia ligações de mulheres. O relacionamento dos dois começou em 1998 —eles namoraram por seis anos, moraram juntos por nove e, após 15 anos juntos, decidiram oficializar a união com uma cerimônia religiosa em 2013.
Dois dias após a festa de casamento, Ana Carolina fazia as malas para a lua de mel quando recebeu uma ligação de um número restrito. Do outro lado da linha, uma mulher começou a ofendê-la e dizia que Jairinho tinha saído para se encontrar com ela e não com um amigo, como tinha dito para Ana.
Na mesma hora, ela relata ter ido até a garagem tirar satisfações e constatou que o vereador falava com uma mulher ao telefone. Eles então subiram para a cobertura, discutiram e, quando a empresária disse "acabou", passou a desfazer as malas da viagem. Jairinho se enfureceu e a agrediu com chutes na canela.
Procurado, André França, advogado do vereador Jairinho, disse que não teve acesso ao depoimento. "Até hoje eu não tive acesso a esse depoimento e nem ao pedido de prisão do meu cliente. Estamos pedindo formalmente essas informações, mas ainda não recebi, o que me deixa impossibilitado de comentar esse e outros casos".
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