TV: Avô diz acreditar na inocência de Monique e Jairinho no Caso Henry
Fernando José Fernandes, pai de Monique Medeiros e avô do menino Henry Borel, morto em 8 de março, disse acreditar na inocência da filha e do genro, o vereador Dr. Jairinho. Ele criticou supostas irregularidades no ato da prisão. O casal suspeito de envolvimento na morte da criança foi preso temporariamente na última quinta-feira (8).
"Eu não tenho medo. Olha, coloca bem bonitinho aí que nós não temos medo de nada, tá? Eu ainda acredito que têm dois inocentes, tá? Mas isso ainda pode ser provado. Vou esperar, aguardar. Minha filha está presa, tem um monte de irregularidade. Eu não posso comentar para não atrapalhar a investigação", disse Fernandes, em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo.
Henry foi encontrado desacordado no apartamento onde vivia o casal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, com diversas lesões graves pelo corpo. A mãe do menino e o vereador, padrasto da criança, disseram à polícia que o garoto teria sofrido um acidente doméstico, mas o laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que o menino sofreu diversas lesões graves em diferentes partes do corpo.
Os mandados de prisão temporária por 30 dias do casal foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri. A polícia investiga o crime de homicídio duplamente qualificado —por motivo torpe e sem chances de defesa à vítima.
Para a polícia, o menino morreu em decorrência de agressões. Segundo os investigadores, Dr. Jairinho já tinha histórico de violência contra Henry. Segundo a investigação, o parlamentar se trancou no quarto para agredir a criança com chutes e pancadas na cabeça um mês antes do crime —a mãe soube das agressões, ainda de acordo com a polícia.
O casal também é suspeito de combinar versões e de ameaçar testemunhas para atrapalhar as investigações. A Polícia Civil ouviu ao menos 18 pessoas na investigação.
Investigadores conseguiram resgatar mensagens de texto e imagens que teriam sido apagadas dos celulares do casal, após quebra de sigilo telefônico decretado pela Justiça do Rio de Janeiro. Em uma das conversas recuperadas, ocorrida no dia 12 de fevereiro, a criança relata à babá —identificada como Thayná— que sofreu uma "banda" (rasteira) e chutes de Dr. Jairinho. A babá então conta à mãe, Monique, que o menino disse que essa não teria sido a primeira vez que sofreu agressões do padrasto.
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