'Nós queremos sair da greve', diz coordenador do sindicato dos metroviários
Paralisados desde a meia-noite de hoje, os funcionários do metrô de São Paulo aguardam audiência de conciliação marcada para as 15h no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região). A audiência deve decidir sobre o prosseguimento ou não da paralisação da categoria.
Altino de Melo, coordenador do Sindicato dos Metroviários, afirmou em entrevista ao UOL que a categoria está sem reajuste há dois anos e que a proposta do governo traz retrocesso em direitos trabalhistas.
"A principal reivindicação é que o metrô não tire nossos direitos conquistados há mais de 30 anos. Eles estão querendo mexer em adicional noturno, hora extra, gratificação por tempo de serviço, várias coisas que temos no nosso acordo coletivo. Nos últimos dois anos, não recebemos inflação. Queremos a recomposição do nosso salário".
Segundo Melo, virou piada interna na categoria "a tal média salarial de R$ 9 mil dos metroviários", segundo informado pelo governador João Dória (PSDB-SP).
A reportagem obteve holerites de dois funcionários do metrô, que recebem R$ 1.189,21 e R$ 781,38 por mês.
"Aparentemente o secretário dos transportes está muito intransigente. Parece que essa turma está mais preocupada com as eleições de 2022. Em vez de resolver o conflito, o que é bom para a sociedade, querem transformar em uma guerra do governo contra a categoria dos metroviários", afirma o coordenador do sindicato.
"A nossa disposição desde o começo é resolver. O que o governador e o secretário de transportes estão fazendo é um jogo de mídia. Eles adoram Twitter, redes sociais. Aparentemente eles não estão a fim de negociar, mas o tribunal deve apresentar uma proposta, pode ser que a categoria concorde ou não. Eu espero muito que a gente resolva esse problema.
Nós queremos sair da greve. Temos todo o interesse do mundo em negociar.
Altino de Melo, coordenador do Sindicato dos Metroviários
Há cerca de um mês, a categoria lutou por prioridade na vacinação contra o coronavírus. Segundo Altino, 26 metroviários morreram em decorrência da covid-19. A categoria tem entre 8 e 9 mil funcionários.
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