Família diz que pedreiro está preso há 73 dias por ter sobrenome suspeito

A família do pedreiro Sandro dos Santos Castilho afirmou que ele está preso injustamente há 73 dias após ter a identidade confundida com um homem chamado Alexsandro Castilho, que pertence a uma quadrilha que comanda o tráfico da região de Boaçu, bairro da cidade de São Gonçalo (RJ).

Segundo informações da TV Globo, Alexsandro é irmão de Vanderson Pinheiro de Castilho, conhecido como "Branco", que está preso por tráfico e dá informações por telefone para que a família continue operando a organização criminosa. Segundo parentes de Sandro, ele não tem nenhuma ligação com qualquer membro da família Castilho investigada pela polícia.

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"Estou desde o dia 20 de março sem ver meu marido, sem ter contato com ele. Nós estamos juntos há 19 anos, ele é uma ótima pessoa, sempre trabalhou, sempre andou de cabeça erguida", lembrou à TV Valéria Costa de Oliveira, mulher de Sandro, que mantém contato com ele por meio de ligações gravadas pela cadeia.

"Me trouxeram aqui para fazer averiguação. Aí eu tô fazendo aqui, ver o que que é, tá bom? Mas fica tranquila aí que está tudo bem. Tá bom? Eu sou trabalhador, fazer o quê?", falou Sandro em uma das ligações.

O homem trabalha como pedreiro há três anos para uma empresa de engenharia sediada em Niterói e foi detido em uma parada policial em março, sendo informado pelos PMs que havia um mandado em aberto contra ele.

"O Sandro presta serviços para a gente há 3 anos, estava indo para uma obra e acabou sendo preso. Acreditamos que seja injusto porque é um rapaz bem comprometido, não tem nenhuma falta", defende Rafael Carvalho Beckmann, o dono da empresa em que Sandro trabalhava.

A mãe também apela para a soltura do filho: "Ele é tudo na minha vida, é trabalhador e é honesto. Eu peço à meritíssima que solte o meu filho, porque ele é honesto, é trabalhador. Ele que me sustenta!", pediu Sônia Maria dos Santos Castilho em entrevista à TV Globo.

Ainda de acordo com o canal, a Polícia Civil disse que Sandro foi preso em cumprimento de uma decisão expedida pelo Tribunal de Justiça, que, por sua vez, informou que o processo corre em sigilo.