Condenado a 80 anos desaparece de presídio de segurança máxima em MS
Um presidiário desapareceu misteriosamente do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, conhecido como Máxima, em Campo Grande (MS). O sumiço foi percebido ontem à tarde, e a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, em parceria com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
Segundo o boletim de ocorrência, a falta de Laudelino Ferreira Vieira, conhecido como Lino, foi notada no fim da tarde de ontem, durante a conferência dos presos no pavilhão 3 da unidade —conhecida como uma das mais seguras do país. Ele não foi localizado em nenhuma parte do presídio e agora é considerado foragido.
A Polícia Civil informou que o preso tinha permissão para trabalhar em outras partes do presídio. Atualmente, ele era responsável pela limpeza da escola da unidade penal. Ontem, teria trabalhado normalmente, mas não retornou para seu pavilhão no horário determinado.
Segundo a Agepen, a Corregedoria-Geral abriu sindicância para apurar o desaparecimento do preso e como ele teria conseguido fugir. Imagens de câmera de monitoramento dentro do local e também do lado de fora já estão em análise, mas até o momento não há pistas de seu paradeiro.
Uma das linhas de investigação, segundo a Polícia Civil, é que Lino teria sido ajudado por um funcionário do presídio. Os agentes serão ouvidos pelos investigadores nos próximos dias. Um alerta de fuga já foi emitido, e Lino está sendo procurado.
As condenações
Lino está preso desde 2015, após condenação por tentativa de assassinato contra policiais rodoviários federais. Ele teria disparado dez tiros contra os agentes após furar um bloqueio. O caso aconteceu em 2010. Além disso, ele foi condenado por tráfico de drogas e por envolvimento com uma quadrilha que roubou três aviões e matou um empresário em Corumbá, em 2001.
Lino também foi condenado por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e uso de documentos falsos porque estava com seis quilos de cocaína e portava documentos com o nome de Jairo dos Santos. Ele foi apontado ainda como membro de uma quadrilha que trocou tiros com a polícia e matou um PM em 2006. As penas somadas chegam a 80 anos.
No ano passado, o preso entrou com pedido de prisão domiciliar por causa da pandemia da covid-19, mas o Poder Judiciário negou ao entender que o condenado representava risco para a sociedade por conta de sua vida pregressa.
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