Covid: após velório de padre, secretaria orienta que presentes façam PCR
A Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo recomendou a todas as pessoas que participaram do funeral do padre Fernando Antônio Silva de Souza, morto em decorrência da covid-19, que façam o teste RT-PCR depois de 72 horas da cerimônia, segundo informou a TV Gazeta, afiliada da Globo no estado. O velório do padre ocorreu nesta semana, em igreja da Grande Vitória, mas com caixão aberto.
A cerimônia contou com a presença de um número considerável de pessoas, como familiares, amigos e religiosos. O caixão foi conduzido sob aplausos.
Em nota, divulgada nas redes sociais, a Arquidiocese de Vitória diz que no Espírito Santo não existe decreto sobre o assunto, mas argumenta que os médicos que acompanham a evolução da doença podem emitir documento autorizando o velório com caixão aberto.
"No caso do pe. Fernando Antônio Silva de Souza, enterrado hoje, o hospital emitiu o documento para que o velório pudesse ser feito com caixão aberto com os seguintes argumentos: o início dos sintomas já tinha mais de 20 dias. Os sintomas de pe. Fernando começaram em 31 de maio; sempre que o paciente morre após 20 dias de sintomas, o laudo é emitido; a decisão de emitir o documento é tomada pela equipe de médicos que acompanha o caso", diz trecho da nota.
Segundo o comunicado, o laudo do religioso foi assinado por Juliana Cosme, médica plantonista da UTI do Hospital Santa Rita.
O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa da secretaria, e aguarda posicionamento.
Ao jornal A Gazeta, a secretaria destacou que "os funerais de pessoas vítimas de covid-19 devem ser realizados com menor número possível de pessoas possível para evitar transmissão e aglomeração", além de "contatos físicos entre os participantes do funeral". O órgão disse que irá verificar as condições de saúde do religioso.
De acordo com dados do último boletim epidemiológico, divulgado nesta terça-feira (22) pela secretaria, o estado do Espírito Santo já registro 506.543 casos de covid-19 e 11.269 mortes em decorrência da doença desde o início da pandemia.
Nota na íntegra da arquidiocese:
Os protocolos para velório e enterro de pessoas que morreram vítimas da Covid-19 têm sido modificados em algumas regiões do Brasil.
No Espírito Santo não existe decreto da Secretaria da Saúde, mas os médicos que acompanham a evolução da doença, e confirmado que após 20 dias não existe mais perigo de contágio, podem emitir uma autorização para que o velório seja feito com caixão aberto.
As recomendações são de que se evite aglomeração para evitar que o vírus seja transmitido pelas pessoas que acompanham o velório e que o tempo não seja estendido.
No caso de pe. Fernando Antônio Silva de Souza, enterrado hoje, o Hospital emitiu o documento para que o velório pudesse ser feito com caixão aberto com os seguintes argumentos:
- O início dos sintomas já tinha mais de 20 dias. Os sintomas de pe. Fernando começaram em 31 de maio.
- Sempre que o paciente morre após 20 dias de sintomas, o laudo é emitido.
- A decisão de emitir o documento é tomada pela equipe de médicos que acompanha o caso.
As informações sobre o laudo do pe. Fernando são da dra. Juliana Cosme, médica plantonista da UTI do Hospital Sta. Rita, que acrescentou sobre a necessidade surgida para emissão do documento: "A DO, Declaração de Óbito, é emitida como causa de morte a covid-19, por isso há necessidade do laudo confirmando que o paciente já estava fora do isolamento por ocasião da morte.
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