'Conseguiram o que queriam', diz esposa sobre a morte de Lázaro Barbosa
Helen, a mulher de Lázaro Barbosa, de 32 anos, morto hoje em uma ação policial após 20 dias sendo procurado em Goiás, disse que os policiais "conseguiram o queriam" após a morte do companheiro. "Eles conseguiram o que queriam, que era matar ele", disse ela em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, da TV Record.
Ela reconheceu o corpo de Lázaro no IML (Instituto Médico Legal) e afirmou que a cabeça dele "estava muito inchada". Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, Lázaro reagiu ao cerco policial em Águas Lindas de Goiás (GO) e houve troca de tiros. Miranda afirma que o fugitivo foi socorrido com vida, mas chegou morto ao Hospital Municipal Bom Jesus.
"Acho que não precisava desse desfecho. Desde o início eu tenho me disponibilizado para ir à mata. Os policiais de Goiás sempre quiseram ele para matar, e não para prender. Disso eu tenho certeza. Se eles quisessem ele vivo, iam ter ele vivo. Porque eu e tia nos disponibilizamos a ir na mata. Se nós tivéssemos ido, a gente tinha convencido ele", completou Helen.
Na entrevista, Helen questionou se Lázaro "teria munição suficiente para trocar tiros com eles", em referência aos policiais, e voltou a cobrar explicações por ter sido agredida a tapas por um policial de Goiás. Ela afirmou que, com a morte de Lázaro, não tem mais contribuições a fazer. "Eu não estou mais à disposição da polícia. Já que mataram o Lázaro, eu quero que me deixem em paz".
Questionada sobre a possibilidade de Lázaro ter sido ajudado nesses 20 dias de fuga, ela afirmou não acreditar nessa versão.
A tia de Lázaro, Amélia, declarou na entrevista que não chegou a ver o corpo do sobrinho, mas viu fotos no celular de outra pessoa. "Não tem canto do corpo dele sem tiros", afirmou ela, que ainda relatou que a família não tem condições financeiras de arcar com o enterro dele.
"Concordo que ele estava disposto a não se entregar, a trocar tiros. Mas foram tantos tiros, para que metralhar daquele jeito? Acho que atiraram nele demais. Não precisaram de tudo aquilo. Por que não deu um tiro, dois na perna, para que ele se entregasse, se recuperasse e explicasse o que ele fez ou deixou de fazer. Foi muito cruel com ele", completou.
Helen disse que agora vai "seguir em frente" e cuidar da filha do casal, de 2 anos. "Lázaro está morto, mas nunca foi agressivo comigo ou com a filha. Era um bom marido e bom pai", afirmou.
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