Ex confessa ter matado mulher e jogado de ponte no RJ, diz polícia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu hoje o ex namorado de Ingrid Silva, de 26 anos, que foi encontrada morta na Ilha da Madeira em Itaguaí, na Baixada Fluminense, na sexta-feira (2).

Segundo a Polícia Civil, Miguel Ângelo confessou o crime e jogou a mulher de uma ponte. Ingrid estava há duas semanas desaparecida. Ela sumiu após sair de casa, no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, para encontrar o ex que não aceitava o fim do relacionamento.

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A família de Ingrid registrou o caso na polícia e a Delegacia de Descoberta de Paradeiro foi acionada para localizar o corpo.

Para a delegada há indícios que o crime foi premeditado

"No dia 24 de junho, a Ingrid inicia uma conversa pedindo que Miguel Ângelo levasse um gás para a casa dela e ao longo de todo o dia eles foram conversando e ficou claro que os dois iam se encontrar à noite e que havia premeditação do Miguel, uma vez que ele fala que não desejaria encontrar a Ingrid nem na casa dela, nem na casa dele, que eles deveriam se encontrar em um local que ninguém pudesse ver o casal", falou a delegada Ellen Souto.

Ângelo mandou um mototaxista buscar a ex-namorada em casa. Após a prisão, ele confessou o crime.

O casal manteve um relacionamento de cinco meses e a jovem já havia recebido da Justiça uma medida protetiva que obrigava o ex-namorado a manter distância dela. A decisão ocorreu após Ingrid ser vítima de uma tentativa de homicídio do ex-namorado em maio. Miguel Ângelo tentou enforcá-la na ocasião.

Foi cumprido um mandado de prisão temporária contra Ângelo, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele foi preso em Realengo, na zona oeste carioca. Após o crime, ele deixou sua casa por sofrer represália de criminosos. Em depoimento, ele disse que arremessou Ingrid no rio Guandu, após uma discussão.

Ingrid tinha duas filhas de 7 e 11 anos e foi sepultada no domingo (4) no Cemitério Nossa Senhora do Pilar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Ao UOL, o tio de Ingrid, Jonny Max, disse que no momento está preocupado com as filhas de Ingrid. "Acho que vamos precisar ver um psicólogo para atender as meninas, um acompanhamento médico daqui para frente. Elas são muito novas e não sabemos ainda como elas estão lidando com tudo isso dentro delas", disse.