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Procurador da AGU é preso após agredir mulher e enteado no interior de SP

Procurador da AGU foi preso por violência doméstica após agredir a mulher - Reprodução/ Google
Procurador da AGU foi preso por violência doméstica após agredir a mulher Imagem: Reprodução/ Google

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

14/07/2021 13h58Atualizada em 14/07/2021 13h59

José Roberto de Souza, de 59 anos, procurador e chefe da seccional da AGU (Advocacia Geral da União) de São José do Rio Preto, foi preso depois de agredir a mulher e o enteado ontem à noite, em um condomínio em Mirassol, cidade a 452 km de São Paulo.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o procurador e a mulher, de 36 anos, estavam na residência da família quando iniciaram uma discussão por questões familiares.

Descontrolado, o homem teria dado um chute na perna da companheira, que caiu no chão. O filho da mulher, de 16 anos, estava na residência e, ao ouvir a briga, saiu em defesa da mãe e empurrou o padrasto.

O adolescente disse à polícia que se deparou com o procurador em cima da mãe dele.

O garoto conseguiu segurar o padrasto até a chegada dos seguranças do condomínio. O enteado foi agredido com um soco no rosto.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado e a mulher foi socorrida até o pronto-socorro da cidade, onde foi constatado uma fratura na perna. Ela foi transferida ao Hospital de Base, em São José do Rio Preto, cidade vizinha.

Ainda, segundo relato de mãe e filho à polícia, além das agressões eles também teriam sido ameaçados de morte pelo procurador.

Na delegacia, o suspeito negou as agressões. No entanto, o delegado de plantão pediu a detenção e Souza foi preso em flagrante por violência doméstica e lesão corporal, sem direito ao pagamento de fiança. Ele vai passar por audiência de custódia na tarde de hoje.

A reportagem do UOL não conseguiu identificar quem está fazendo a defesa do procurador.

Em nota, a AGU disse que repudia esse tipo de situação e explicou que o caso está sendo acompanhado pela corregedoria do órgão.

"Acerca do episódio envolvendo membro da Advocacia-Geral da União em Mirassol (SP), a AGU repudia veementemente qualquer ato de violência doméstica. O caso foi encaminhado para a Corregedoria-Geral da Advocacia da União, que imediatamente abriu procedimento para averiguar os fatos."