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Nova 'chuva' de fuligem atinge SP em dia de incêndio em Barueri

Do UOL, em São Paulo

26/08/2021 16h10Atualizada em 26/08/2021 17h24

Uma nova "chuva" de fuligem tomou conta de regiões de São Paulo na tarde de hoje, dias depois de um episódio semelhante durante o incêndio no Parque Estadual do Juquery.

O fenômeno voltou a ser observado poucas horas depois de chamas atingirem uma empresa de produtos químicos no Jardim Califórnia, em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo, gerando um alerta do Corpo de Bombeiros para a presença de fumaça tóxica nos arredores. No incidente, ao menos três corpos já foram localizados carbonizados e os Bombeiros estimam ao menos oito feridos, até o momento.

Em nota, a prefeitura da cidade alertou que a fumaça preta que tomou conta do céu da região "é extremamente tóxica" e pediu que qualquer pessoa que tenha inalado o ar contaminado procure uma unidade de saúde.

Já nas redes sociais, moradores da capital de São Paulo relataram o retorno da "chuva" de fuligem, mostrando preocupação com a origem das cinzas.

"Tá chovendo fuligem de novo. Só espero que não seja tóxico, já que muito provavelmente vem do incêndio do galpão de produtos químicos que passou no jornal", relatou uma.

"Voltou a cair fuligem aqui na Zona Norte, incêndio em Barueri com nuvem de fumaça tóxica também preocupa. Que inferno nos enfiamos", lamentou outro.

As chamas em Barueri, que começaram no final da manhã de hoje, já foram controladas, mas o Corpo de Bombeiros informou que devido à toxicidade dos produtos no galpão o incêndio ainda não é dado como encerrado.

Tempo seco favorece 'chuva' de fuligem

O estado de São Paulo vem sofrendo nos últimos dias com o acúmulo de poluição na atmosfera, favorecido pela baixa umidade relativa do ar. Ontem, cidades do interior de São Paulo marcaram níveis abaixo dos 12%, entrando em estado de emergência, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Já na capital e na Região Metropolitana, os níveis chegaram a ficar abaixo dos 20%, considerado estado de alerta. O tempo seco, atrelado às queimadas na região, provocaram consequências como a chuva de fuligem e a presença de uma lua avermelhada no céu, relacionada ao comportamento da luz diante do acúmulo de poluentes na atmosfera.