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Tartaruga com mordida mais forte que leão é encontrada pela 2ª vez em SP

Homem que entregou tartaruga-mordedora afirmou que recebeu animal de presente há uma década - Divulgação/Polícia Militar Ambiental de SP
Homem que entregou tartaruga-mordedora afirmou que recebeu animal de presente há uma década Imagem: Divulgação/Polícia Militar Ambiental de SP

Do UOL, em São Paulo

24/09/2021 17h35Atualizada em 25/09/2021 12h20

Mais um exemplar de tartaruga-mordedora (Chelydra serpentina) foi encontrado no interior de São Paulo esta semana, menos de um mês depois do primeiro, resgatado em Presidente Prudente, em 26 de agosto. Segundo pesquisadores, o animal tem uma mordida que imprime pressão equivalente a 600 kg, mais do que a de um leão, que chega a "apenas" 400 kg.

No novo resgate, um homem entrou em contato com a Polícia Ambiental para fazer a entrega voluntária do bicho, na última quarta-feira (22). O animal era mantido em cativeiro em uma chácara na zona sul do município. O responsável informou que não tinha conhecimento sobre a origem da tartaruga, que diz ter ganhado de presente, há cerca de 10 anos, de um colega, segundo ele, já falecido. Agora, os policiais trabalham para saber se outros "presentes" foram distribuídos pela região.

A espécie silvestre, encontrada do Equador à América do Norte, só pode ser criada em cativeiro se adquirida de um vendedor legalizado. Na natureza, ela se alimenta de insetos, serpentes e plantas, pode chegar a 50 cm e vive cerca de 30 anos.

O réptil entregue às autoridades foi criado em cativeiro desde ainda filhote. Segundo o homem que o criava, o bicho sempre apresentou "bastante agressividade". Ele conta que a entrega foi motivada pela repercussão do resgate de outra tartaruga-mordedora, em propriedade a apenas 6 km de sua chácara. O animal foi encaminhado à Cidade da Criança de Presidente Prudente.

Neste caso, como houve entrega voluntária, a polícia informa que não haverá indiciamento criminal por violação ambiental. Quando há flagras, a autuação se dá por "introdução de espécimes de outro país", com multa que pode chegar a R$ 7 mil. Se verificada a posse para comércio, o responsável pode responder por tráfico de animais, com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.