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Ameaçada, mulher 'pede pizza' à polícia e marido é preso no DF

Do UOL, em São Paulo

30/09/2021 22h50Atualizada em 01/10/2021 13h40

Uma mulher simulou um pedido de pizza ao ligar para a Polícia Militar do Distrito Federal para denunciar as ameaças sofridas pelo companheiro. Segundo a corporação, ela estava sendo ameaçada com uma faca dentro de casa. O homem acabou preso.

Em nota, a Polícia informou que o policial que atendeu a ligação, na última terça-feira (28), percebeu que se tratava de um pedido de socorro e acionou a equipe do 8º Batalhão. Ao chegarem na residência, em Ceilândia (DF), os agentes a encontraram "bastante apavorada" e o irmão da vítima confirmou que o casal estava discutindo.

"Encontramos uma senhora com uma criança de aproximadamente um ano de idade em seu colo. Ela estava muito nervosa. Ao lado dela, havia um homem que conversava com ela de uma forma muito baixa. Diante disso, solicitei que esse indivíduo saísse", lembra o sargento Fábio Cabral, em vídeo enviado ao UOL.

Cabral informou ainda que o suspeito amolava a faca na frente da mulher e que utilizava o fato da mãe dela ter sido esfaqueada pelo marido como ameaça. "Era a forma que o autor utilizava para que ela pudesse permanecer calada e não informasse às autoridades as agressões que havia sofrido".

O suspeito foi detido no imóvel e a faca, apreendida. O caso foi registrado na 15ª DP. Na audiência de custódia, realizada hoje, o homem foi liberado, uma vez que a juíza Paula Afoncina Barros Ramalho não teria entendido que as circunstâncias apontariam "risco grave/extremo".

Mais denúncias

Em maio, um caso semelhante chamou atenção em Andradina, no interior de São Paulo. Uma mulher de 54 anos entrou em contato com a Polícia Militar pelo 190 e fez um pedido de pizza. O soldado que estava atendendo aos chamados no Copom (Centro de Operações Policiais Militares) em Araçatuba, também no interior paulista, entendeu que se tratava de um pedido de socorro.

O mesmo aconteceu em agosto, em Niquelândia, no interior de Goiás. A vítima ligou para o Corpo de Bombeiros e fez o mesmo pedido. "Devido à insistência dela, o atendente percebeu que não era um trote. O que foi reforçado quando ele ouviu o choro de uma criança", disse ao UOL, na ocasião, o tenente Moreira, da 6ª Companhia Independente Bombeiro Militar, que atendeu a ocorrência.