SP: Metrô e CPTM anunciam plano de extinguir bilheterias até o fim de 2021
As bilheterias em linhas de metrô e trem no estado de São Paulo devem ser extintas, dando lugar a bilhetes virtuais emitidos por celular e máquinas de autoatendimento, segundo a secretaria de Transportes Metropolitanos.
A previsão da pasta é de que os guichês com funcionários estejam 100% fechados até o final de 2021. Nos próximos meses, os passageiros que passam pelas estações devem receber auxílio de equipes dedicadas a instruir usuários sobre o novo esquema de compra de bilhetes, que poderá ser realizada pelo aplicativo TOP, disponível em smartphones, ou nos totens de autoatendimento, com uso de cartão de débito e dinheiro.
O secretário de transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, informou em entrevista na tarde de hoje que a expectativa é uma economia anual de R$ 100 milhões depois que o projeto for totalmente implementado. A redução de gastos é prevista com cortes no quadro de funcionários e também no manuseio e segurança do dinheiro usado nas bilheterias.
A autoridade ainda destacou que, segundo pesquisas da secretaria, apenas 15% dos usuários do metrô de São Paulo serão afetados pela mudança, já que os outros 85% utilizam Bilhete Único. Já na CPTM, 25% dos passageiros terão que se adaptar ao novo sistema, inspirado no modelo de transporte público chinês, visitado por uma comitiva do governo paulista em 2019.
Baldy garante que o objetivo da mudança é "simplificar a vida do cidadão", "sobretudo para quem precisa utilizar (os transportes metropolitanos) todos os dias".
Além dos guichês de autoatendimento e do aplicativo por celular, que emitem um bilhete com leitura por QR Code, a expectativa é de que um cartão do sistema TOP entre em funcionamento nos próximos meses, com identificação do usuário ligada à sua instituição financeira, para facilitar a compra.
Apesar do cronograma, a permanência das bilheterias em estações com maior demanda não é descartada pela secretaria, que destaca que o novo método será assistido pelas equipes presencialmente "principalmente nos 30 primeiros dias", com foco nas instruções sobre o uso do smartphone. Uma rede credenciada para venda convencional dos tickets também deve ser criada durante a adaptação.
Questionado sobre o destino dos funcionários que trabalhavam na venda de bilhetes, Baldy destacou que os contratados do governo foram realocados para outras funções, enquanto os terceirizados tiveram seus contratos encerrados. Ele definiu a mudança como "necessária nesse momento que vivemos no transporte público de maneira geral, com redução de pessoas no sistema".
626 máquinas de autoatendimento já estão disponíveis nas estações de metrô e CPTM do estado de São Paulo e pelo menos 40 milhões de bilhetes já foram vendidos em uma fase de testes do novo sistema.
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