Suspeito de assediar e matar garota diz que a atropelou 'sem querer'
Juciano Marinho Gomes, de 35 anos, preso em flagrante pela morte da jovem Vanessa de Oliveira Machowski, de 18 anos, afirmou em depoimento à Polícia Civil que atropelou a vítima "sem querer", durante uma discussão. Ele é suspeito de assediá-la na rua, antes do atropelamento. O caso aconteceu no domingo (10), em Itajaí, litoral catarinense.
Vanessa foi prensada contra um caminhão pelo suspeito, que estava em alta velocidade. Minutos antes, segundo a investigação, o homem passou pela vítima e a chamou de "gostosa", iniciando uma discussão após ser repreendido pela jovem que estava com o namorado.
Em depoimento, segundo o delegado Eduardo Ferraz, o suspeito apresentou fortes indícios de embriaguez. Ele contou que matou a jovem "sem querer", mas negou ter praticado o assédio contra Vanessa.
"Ele disse que houve uma discussão, mas que não assediou a vítima. Contou ainda que após o desentendimento, entrou no carro, fugiu e a atropelou, porém alegou que foi sem querer. Temos o depoimento dele e o do namorado, única testemunha. A princípio, está prevalecendo o depoimento do namorado", comentou.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito, aceita na segunda-feira (11) pela 1ª Vara Criminal de Itajaí.
De acordo com o delegado, Juciano deverá ser indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e embriaguez o volante.
Prisão é necessária para evitar outros crimes, diz juíza
O UOL tenta contato com o advogado do suspeito, que é atendido pela Defensoria Pública de Santa Catarina. Em sua defesa, o órgão requereu a liberdade de Juciano sob o argumento de ser "primário e de bons antecedentes, e que possui residência fixa em Itajaí, onde vive com sua esposa e seus seis filhos, além de exercer trabalho lícito".
Em seu despacho, contudo, a juíza Anuska Felski, afirmou que a prisão preventiva de Juciano é recomendada para que outras mulheres não virem vítimas.
"Medidas cautelares alternativas são insuficientes para evitar que o réu venha novamente - e também em tese - a dirigir embriagado, insultar mulheres supostamente desconhecidas na rua e agir de modo a ceifar-lhes a vida", assinalou.
Família clama por Justiça
Vanessa foi sepultada ontem, em Itajaí, onde morava há 11 anos. Natural de Rio Azul, no Paraná, terminou em 2020 o ensino médio e pretendia se especializar em estética para abrir o próprio salão de beleza.
"Ela era uma menina extrovertida sempre alegre e muito amorosa com todos. Atualmente estava trabalhando como babá, tinha acabado o ensino médio e sonhava em fazer faculdade de estética e ter o próprio salão", lamentou ao UOL a tia, Léia Oliveira.
A jovem deixa a mãe e uma irmã de 10 anos. A família diz que ainda tenta se conformar com a perda de Vanessa, principalmente, em razão da motivação fútil que tirou a vida da vítima.
"Estamos todos muito abalados e tentando seguir firmes. Só queremos justiça por tudo isso que aconteceu", completou a tia.
*Com informações de Luan Martendal, em Florianópolis.
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