Morre quarta vítima de explosão de churrasqueira em Curitiba
Morreu ontem, por volta das 17h30, Willian Silva Benítez, de 28 anos, a quarta vítima da explosão de uma churrasqueira em Curitiba que matou mais outras três pessoas. A informação foi confirmada ao UOL pelo Hospital Evangélico Mackenzie, onde ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) desde o acidente, no dia 2 de outubro.
Assim como as outras vítimas, Willian foi queimado e teve ferimentos graves. Ele estava com 98% do corpo queimado. O dono da casa, que promovia o churrasco, também sofreu com a explosão e chegou a ser socorrido com ferimentos, mas recebeu alta logo em seguida.
Os jovens Wemerson Souza, de 26 anos, Gustavo Lucas Castro, de 27, e Larissa Petez, de 20 também morreram após o incidente.
Willian Silva Benitez, de 28 anos, havia relatado ao UOL por meio de sua mãe, Márcia Campos Silva, que havia alertado para que não fosse jogada gasolina diretamente na churrasqueira.
"Todos estavam desesperados e falaram que a gasolina causou a explosão. Eu moro na frente e cheguei bem na hora. Meu filho está todo queimado e a única coisa que pedia depois da explosão era para entrar correndo no chuveiro para aliviar a dor. Quero justiça. Já foram três mortes e meu filho está em estado muito grave no hospital", disse Márcia, na ocasião.
A explosão
Aline Emelly, uma das convidadas presentes no evento, se livrou por pouco da explosão.
"A gente estava fazendo um churrasco normal, de fim de semana. Na hora do acidente, por sorte, eu tinha acabado de levar o meu celular para carregar, na parte de baixo do sobrado, e a explosão na churrasqueira foi no andar de cima. Foi tudo muito rápido e como não tinha muita mobília perto, o fogo não se alastrou muito", disse ela, ao UOL.
Parte dos convidados da confraternização estavam próximos à churrasqueira fumando narguilé, quando as chamas do objeto foram ampliadas com uso de gasolina, de acordo com a Polícia Civil do Paraná. Especialistas que conversaram com o UOL apontam que os componentes químicos presentes nos cachimbos d'água árabes podem ter contribuído para a intensidade das queimaduras das vítimas.
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