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MG: Polícia investiga homem que agrediu mulher trans e fugiu gargalhando

Luiz Fernando Figliagi

Colaboração para o UOL, de Uberlândia (MG)

22/10/2021 12h16

A Polícia Civil de Uberlândia, cidade do Triângulo Mineiro, investiga uma agressão cometida na última quarta-feira (20) contra uma mulher transexual. As cenas de violência foram gravadas de dentro de um carro por um colega do responsável. Após o ocorrido, ambos saem gargalhando.

A mulher agredida é Luara Silva, presidente da Associação Triângulo Trans. Segundo a organização, ela distribuía absorventes higiênicos e máscaras a mulheres que atuam como profissionais do sexo no bairro Custódio Pereira, na altura do viaduto da Avenida Floriano Peixoto em frente a uma loja da Havan.

O vídeo mostra um homem branco saindo de um carro, indo até Luara e dando uma rasteira nela. A mulher imediatamente cai no chão. Antes de agredi-la, ele perguntou: "Oi, moça. Tudo bom?".

Depois de chutar Luara, o agressor fugiu do local rindo. De acordo com membros da Associação, ele estava acompanhado de mais pessoas no carro. Nas imagens, é possível ver apenas o motorista, que filma a cena.

Após Luara registrar um boletim de ocorrência, a Polícia Civil de Uberlândia enviou o caso ao Juizado Especial Criminal, que segue investigando o caso.

Ao UOL o delegado Cirano de Almeida Borges afirma que ainda não identificou o autor da rasteira, mas já possui um suspeito, investigado após denúncia anônima. Luara será convocada a comparecer à delegacia. Caso identifique o rapaz, ele será indiciado.

A associação que Luara preside auxilia pessoas da comunidade LGBTQIA+ com ações de acolhimento para pessoas, como a mudança de nome de registro para o social.

Em nota divulgada pelas redes sociais, a Associação Triângulo Trans afirma que tal atitude é incompreensível e afeta a dignidade como ser humano de pessoas trans.

"Independente da sua raça, cor de pele, gênero, credo posição social, expressão ou identidade de gênero, corpo ou quaisquer deficiência: todo ser humano merece ser respeitado e tratado da mesma forma"
Associação Triângulo Trans