Detento é pego postando vídeos de rotina na prisão no TikTok; veja
Um presidiário foi transferido na tarde de ontem para uma penitenciária de segurança máxima, após compartilhar vídeos de sua rotina no TikTok. O detento, que não teve a identidade revelada, estava no Presídio Dalton Crespo, em Campos dos Goytacazes, norte fluminense do Rio.
Após tomar conhecimento dos delitos, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) transferiu o preso para Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, no Complexo de Gericinó.
Durante a revista na cela, foram encontrados 17 celulares, 13 chips e uma pequena quantidade de drogas - não especificadas pela Seap - e outros itens não permitidos.
O último vídeo compartilhado no aplicativo foi na segunda-feira (1), dia em que a SEAP descobriu o perfil do detento que compartilha esses conteúdos desde o dia 7 de outubro.
A imagem gravada dentro da cela mostra um homem fazendo sanduíche em uma chapa. Ao lado, é possível ver um celular e um carregador. O vídeo já possui mais de 131 mil visualizações, o perfil tem 4.202 seguidores e ao todo já reúne mais de 14 mil curtidas.
Rotina na prisão
O perfil, que ainda está ativo, reúne vídeos dos detentos cozinhando na cela, mostra roupas penduradas em um varal, presos fazendo faxina e uma partida de futebol dentro da penitenciária.
Em um vídeo compartilhado no domingo (31), o detento estaria em um baile funk: "Sobre ontem Macaé RJ", diz a legenda. Outros vídeos mostram ruas de Macaé, um local com piscina e festas. O primeiro compartilhamento foi realizado em 29 de setembro e não é possível saber se os vídeos fora da prisão são antigos ou recentes, mas, questionados sobre a data em que o homem foi preso e qual o regime de prisão do detento, a SEAP não retornou os questionamentos.
"Já iniciamos um procedimento de apuração com a Corregedoria, que irá apurar a ocorrência com o máximo rigor que a lei permitir. É intolerável que os presos continuem tendo acesso ao mundo exterior. Vamos intensificar as ações de repressão e punir quando descobrirmos os envolvidos no ingresso desses materiais não permitidos na unidade", disse o secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso.
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