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Porsche é apreendido com grupo que cobra por pontos de prostituição em MG

Carro de luxo encontrado durante operação contra quadrilha que explorava travestis - Reprodução/MPMG
Carro de luxo encontrado durante operação contra quadrilha que explorava travestis Imagem: Reprodução/MPMG

Do UOL, em São Paulo

08/11/2021 22h13Atualizada em 09/11/2021 09h05

Uma operação contra uma quadrilha que explora travestis e transexuais acabou na apreensão de um carro de luxo e de dezenas de maços de dinheiro em Uberlândia (MG). A associação criminosa que tinha posse do carro lucrava por meio de um esquema que utilizava ameaças e agressões contra quem tentava praticar prostituição na região mineira sem se filiar à quadrilha, segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG).

O veículo, encontrado "embrulhado" em um laço vermelho, é um Porsche 911, avaliado em no mínimo R$ 855 mil no modelo 2021, segundo a tabela FIPE.

Ainda segundo as investigações, as vítimas eram obrigadas a pagar diárias para utilizar "pontos de prostituição" dominados pela organização e para utilizar as instalações mantidas pelos investigados, acumulando dívidas cada vez maiores com a quadrilha.

A situação levou a relatos de pessoas que foram coagidas a continuar trabalhando mesmo doentes, já que precisavam quitar seus débitos. A partir dos depoimentos, o MPMG também passou a investigar suspeitas de homicídios, já que o grupo mantinha as profissionais sob controle mediante ameaças.

Além de coibir pessoas que queriam se prostituir fora do esquema, a quadrilha também financiou procedimentos estéticos realizados clandestinamente. Os envolvidos podem ser indiciados por associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, tentativa de homicídio, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.

Três pessoas, que não tiveram suas identidades reveladas, já foram presas durante a operação e os mandados de busca e apreensão cumpridos ao longo do dia de hoje. A quantia em dinheiro apreendida também não foi detalhada.

As investigações são lideradas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Uberlândia, e pela 18ª Promotoria de Justiça de Uberlândia. Com a participação da Polícia Militar (9ª RPM), 60 policiais estiveram envolvidos na operação.