Modelo relata agressão de médico após sofrer convulsão: 'Muito medo'
O modelo Guilherme Henrique Silva, de 21 anos, procurou a Polícia Civil para registrar uma agressão que ele afirma ter sofrido de um médico, durante atendimento em um hospital municipal de Salto, cidade a 100 km de São Paulo. Guilherme relata que estava em uma festa de aniversário com uma amiga, na segunda-feira (15), quando começou a passar mal e ter convulsões.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado pela mulher, ele foi colocado em uma maca e levado ao Hospital Municipal Nossa Senhora de Monte Serrat para receber atendimento médico. O modelo conta que, devido à convulsão, ele acabou batendo a cabeça no médico, durante o atendimento. Neste momento, o profissional teria revidado dando socos e tapas em seu rosto.
O profissional não foi identificado, mas a secretaria de saúde da cidade afirmou ter tomado conhecimento e iniciado uma investigação do caso.
Eu estava convulsionando, por isso não lembro muito bem o que aconteceu, me recordo apenas de flashes. Sei que eu estava amarrado na maca e os socorristas do Samu seguravam minha cabeça para que eu não a batesse, mas no hospital fui agredido. Guilherme Henrique Silva
O rapaz afirma que toma remédios controlados para depressão e síndrome do pânico, mas que não havia feito o uso da medicação no dia do ocorrido. Ter ingerido bebidas alcoólicas na festa pode ter gerado as convulsões. Devido ao quadro, Guilherme precisou ficar dois dias internado.
Em nota, a prefeitura de Salto afirmou que tomou conhecimento dos fatos no dia do ocorrido e está apurando a denúncia feita pelo paciente.
"A Direção enfatiza que, no próprio dia 15/11/2021, teve conhecimento dos fatos e garantiu com sua equipe assistencial o atendimento ao jovem, que já está de alta médica, assim como o acolhimento de sua mãe recolhendo as informações da parte dela sobre as supostas agressões. Reiteramos que a equipe médica já registrou boletim de ocorrência descrevendo os fatos e entendemos que a avaliação desta situação e suas supostas agressões estão a cargo de quem é de direito", diz a nota.
"Respeitamos as manifestações e aproveitamos para reiterar nosso compromisso de atendimento aos usuários do hospital e seguiremos sempre que necessário com os devidos esclarecimentos", conclui o comunicado.
O nome do médico não foi divulgado, por isso a reportagem do UOL não conseguiu contato com o profissional.
'Medo'
Guilherme diz que sua mãe foi impedida de entrar no hospital nas primeiras horas de sua internação e que, após ver as lesões, ela acionou a polícia.
Quando minha mãe chegou no hospital, não a deixaram entrar, apenas algumas horas depois que ela conseguiu me ver e já me encontrou com o rosto todo machucado. Imediatamente ela chamou a polícia, mas o médico já havia encerrado o plantão e ido embora.
"Fiquei dois dias internado, recebendo medicação, e quando sai fui até a polícia. Estou horrorizado com tudo o que aconteceu. Fiquei com muito medo e só queria voltar para casa", acrescentou o modelo.
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