Engenheiro é preso suspeito de usar 'quarto Disney' para estuprar menores

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu hoje pela manhã um engenheiro funcionário da Casa da Moeda do Brasil denunciado pelo crime de estupro de vulnerável. Segundo as investigações, ele usava um cômodo da casa onde morava em Niterói, Região Metropolitana do Rio, denominado "quarto da Disney" para atrair vítimas de uma comunidade.

No local, diversos jogos, filmes, bichos de pelúcia e roupas com desenhos de personagens infantis foram encontrados. Além disso, a decoração do quarto tinha imagens de princesas e personagens da Disney colados à parede.

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"Vários personagens, brinquedos e adornos que serviam para atrair as possíveis vítimas onde seriam abusadas. Uma delas foi estuprada dos 13 anos até os 14. Ele chegou a levar esse menino para a Disney, a mãe permitiu a viagem, mas não sabia dos abusos. Ele conheceu esse menino em uma festa de criança", explicou o delegado Adriano França, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.

Ao ser preso, a polícia informou que Frank Souza Hoffman, de 63, alegou estar apaixonado pela vítima.

Nós comprovamos que esse relacionamento era abusivo e não descartamos a possibilidade de outras vítimas, porque há fortes indícios de que outros menores da comunidade frequentaram o quarto. Adriano França, delegado

O delegado explicou que o engenheiro é natural de Luxemburgo, tem dupla nacionalidade, e teve o passaporte retido. "Ele já foi denunciado pelo Ministério Público e a 1ª Vara Criminal de Niterói recebeu a denúncia e expediu as ordens. Agora estamos robustecendo o inquérito".

Além da prisão preventiva, os agentes da DCAV cumpriram mandados de busca e apreensão e recolheram diversos eletrônicos que serão analisados pela perícia em busca de outras provas.

Ele próprio alega que gosta de assistir filmes de sexo com adolescentes, o que a lei também proíbe. Adriano França

Dezenas de brinquedos importados foram apreendidos e, após autorização judicial, servirão para compor a brinquedoteca da DCAV.

O UOL tentou contato com advogados que já representaram o engenheiro, mas ainda não obteve retorno.

Em nota, a Casa da Moeda do Brasil informou que "não compactua com quaisquer práticas criminosas".

"Os supostos crimes citados envolvendo um empregado da CMB, caso tenham ocorrido, se deram fora do âmbito da Empresa, devendo, portanto, o funcionário responder pelos seus atos individuais perante a justiça. O caso está sendo investigado pelos órgãos competentes e as medidas cabíveis serão adotadas de acordo com o seu desfecho".