Castro e Paes defendem fogos em Réveillon de Copa; decisão será de comitês
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), concordam com a realização da tradicional queima de fogos na praia de Copacabana no Réveillon deste ano. A decisão final, entretanto, caberá aos comitês científicos estadual e municipal. Ontem à noite, Paes informou no Twitter ter pedido a Castro a análise da possibilidade de fazer apenas a queima de fogos.
Hoje, em agenda pública em um hotel em Copacabana, o governador afirmou que acha o pedido "razoável". Mais tarde, procurada pelo UOL, a assessoria de imprensa do governador disse que não se trata de uma confirmação. "O governador não confirmou a queima de fogos, disse que vai defender essa ideia e formato em futura reunião com os comitês", diz a assessoria.
O cancelamento total da festa e o eventual recuo em relação aos fogos acontecem em meio a incertezas sobre o real risco da variante ômicron do coronavírus e seu possível impacto nos índices de internações e mortes no Brasil. Os tradicionais shows na praia de Copacabana continuam suspensos, e não há movimentação para retomá-los.
Ainda não há data prevista para realização da reunião conjunta entre os comitês científicos. Paes, entretanto, já afirmou que o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, será responsável por conduzir as eventuais negociações sobre o que pode ou não ser feito na noite de 31 de dezembro.
Por não haver ainda uma decisão final, também não há informações sobre esquema de trânsito e funcionamento especial de transporte público na virada do ano.
Festa cancelada pelo 2º ano consecutivo
No último sábado (4), Paes anunciou o cancelamento das festas públicas de Réveillon no Rio de Janeiro. No Twitter, o prefeito disse que queria fazer o evento, mas que seguirá a orientação do comitê científico do estado, como medida preventiva em relação à pandemia de covid-19.
"Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O comitê da prefeitura diz que pode. O do estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do Réveillon do Rio", escreveu.
Apesar da declaração, ainda não há contudo uma decisão do comitê estadual, que é consultivo.
Enquanto a gestão Paes defendia a existência de condições sanitárias para realizar a festa com segurança, o governo do estado cogitava o cancelamento. Mais tarde, naquele dia, Castro anunciou que a decisão final sobre a festa viria após uma reunião nesta semana.
"Falei há pouco com o prefeito Eduardo Paes e decidimos, juntos, que faremos uma reunião na próxima semana para uma decisão final sobre as festas do Réveillon. Nesse encontro, participarão técnicos da saúde do estado e do município", escreveu Castro.
Ainda no sábado, Paes afirmou que era "muito difícil voltar atrás" de sua decisão porque não se trata de "uma festinha entre amigos", considerando a dificuldade de organização do evento.
"Estamos falando de um evento que leva 3 milhões de pessoas a Copacabana, não é algo que você muda de opinião toda hora, tem um limite, estamos chegando a ele", disse em entrevista à imprensa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.