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Crônicas de fim de ano: Como grandes brasileiros viram 2021 e esperam 2022

Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Do UOL, em São Paulo

23/12/2021 04h00

O UOL convidou personalidades brasileiras para pensar o que esperar para 2022 a partir do que vivemos ao longo de 2021.

Começamos o ano com esperança e tensões políticas em torno da chegada das vacinas contra a covid-19 e terminamos sob dúvidas em torno da chegada de uma nova variante do vírus. A possibilidade de retomar a rotina após a pandemia sem o medo de ser infectado se abriu —assim como o comércio, as escolas, os shows, as festas e as portas das casas.

Nem todos podem, no entanto, escolher como e quando suas casas serão abertas. No Jacarezinho, moradores tiveram seus lares invadidos em uma ação policial que provocou 29 mortes. A segunda maior chacina da história da cidade do Rio de Janeiro. Mais uma vez, corpos negros estendidos ao chão.

Diante dos indígenas, outro cenário sombrio. O garimpo cava a Amazônia e amplia a ameaça à conservação da vida dos povos originários.

Foi um ano em que a desigualdade se aprofundou. Para os mais vulneráveis, carcaças e lixo viraram soluções de quem voltou a se deparar ou passou a conhecer o que é a fome.

O alerta sobre os principais problemas do país ecoou nas vozes de celebridades, que discutiram nas redes seus papéis como pessoas públicas. Quando e como é hora de de expor suas ideias? Quem pode falar e em que ocasião?

As representantes femininas no Congresso mostraram que há espaço para sua voz.

E uma outra voz consolidou ainda mais um poder que vem sendo conquistado ano a ano, a dos evangélicos, com a chegada de um novo ministro, que é pastor, ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Mais do que violência policial, política, educação, fome e as dores da Amazônia, os convidados nos apontam em seus textos como trazer lucidez e resiliência para a construção de um novo ano.

O primeiro texto, publicado na quinta-feira (23), é do escritor Jeferson Tenório, autor de O Avesso da Pele, prêmio Jabuti de 2021. O segundo —de sexta (24)— é da infectologista Luana Araújo.