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Governador da Bahia reclama de pouca verba liberada por Bolsonaro: 'Não dá'

Do UOL, em São Paulo

28/12/2021 13h51Atualizada em 28/12/2021 17h11

O governador baiano Rui Costa (PT) reclamou hoje da verba liberada pelo governo federal para socorrer os municípios atingidos pelas chuvas que castigam principalmente a Bahia. Uma em cada quatro cidades no estado está em situação de emergência.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) editou MP (Medida Provisória) para liberar R$ 200 milhões para reconstruir rodovias prejudicadas pelas chuvas. O texto, publicado hoje no Diário Oficial, abre crédito extraordinário ao Ministério da Infraestrutura, que irá cuidar das obras de rodovias na Bahia, Amazonas, Minas Gerais, Pará e São Paulo.

Desse total, R$ 80 milhões serão para obras no Nordeste, R$ 70 milhões ao Norte e R$ 50 milhões para o Sudeste. O governo não informou quanto cada estado v receber, mas apenas a Bahia foi contemplada no Nordeste.

"Eu queria fazer um apelo porque não é possível recuperar as estradas federais com R$ 80 milhões para o Nordeste", afirmou Costa em coletiva de imprensa em Ilhéus na presença de Marcelo Sampaio, secretário executivo do Ministério da Infraestrutura

R$ 80 milhões não dá para recuperar nem [as estradas federais] da Bahia"
Rui Costa, governador da Bahia

Procurado, o ministério não respondeu até esta publicação.

O governador apresentou as demandas emergenciais e informou que os levantamentos sobre os danos causados pelas enchentes na Bahia estão sendo feitos pelos órgãos e secretarias estaduais que integram a força-tarefa nas regiões afetadas.

O diagnóstico será encaminhado quando o nível da água diminuir e o trabalho em campo avançar.

O governo federal já havia repassado R$ 20 milhões para ajudar as cidades na Bahia, onde pelo menos 21 pessoas morreram e mais de 31 mil estão desabrigados. Cento e dezesseis municípios foram afetados e cem deles estão em situação de emergência.

Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "tem acompanhado o processo todos os dias".

Bolsonaro tem recebido críticas de setores da sociedade devido a um possível distanciamento em relação ao problema das chuvas, que castiga não só a Bahia, mas também áreas no Amazonas, em Minas Gerais, no Pará e em São Paulo. Bolsonaro decidiu não revogar as férias. Ele está em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, com a família.