Após carta de menina de 6 anos, homem ganha cadeira de rodas de Papai Noel
"Papai Noel existe!", comemorou a autônoma Letícia da Luz Vieira, 28, ao receber a notícia: Ontem, o "Papai Noel" atendeu ao pedido de sua filha de 6 anos, Emanuelly da Luz Rodrigues, e presenteou com uma cadeira de rodas motorizada o vizinho Ito Moreto, 56.
Foi com surpresa que, no começo do mês Letícia encontrou na caixa de correios de casa a carta que a filha escreveu ao Papai Noel. Em vez de um presente para si, Emanuelly pediu uma cadeira de rodas para o vizinho.
"Quando abri, tinha um desenho com o pedido", conta Letícia, moradora de Manoel Ribas, a 337 km de Curitiba. "Mandamos uma foto da carta a um grupo de amigos, e ela viralizou."
Letícia passou a pedir ajuda pela internet para conseguir o dinheiro. A boa notícia chegou no dia de Natal.
"Para a nossa alegria, acordamos com uma ligação com DDD 41, e era o Papai Noel", conta Letícia sobre um homem "com um coração enorme que pediu para não divulgarmos seu nome real".
"Desejo que Deus lhe dê em dobro e abençoe imensamente sua vida!", disse.
Ontem, a cadeira de rodas chegou por volta das 18h30. Emanuelly não se conteve e correu ao encontro do "Papai Noel", que desembarcou de uma pick-up trazendo consigo a cadeira motorizada, que custou R$ 10 mil.
Uma empresa também bancou uma reforma na casa de Moreto para melhorar a acessibilidade ao cadeirante.
Primeiro churrasco
Pela primeira vez em quase quatro anos, Moreto saiu hoje de casa para comemorar.
"Eu vim à casa da Emanuelly para comer carne. Estamos fazendo um churrasco agora", afirmou ao UOL.
"Fiquei quase quatro anos indo da varanda para a cama. Eu ficava metade do dia na cadeira e metade do dia deitado. Sonhava com uma cadeira dessas. Eu dizia que, quando me aposentasse, eu compraria essa cadeira, mas graças a Deus ela veio antes", diz.
Agora eu posso ir à casa dos amigos e conversar. Graças a Deus."
Ito Moreto, 56
Amizade improvável
Emanuelly e o vizinho se tornaram amigos há alguns meses. Há três anos e meio, Moreto precisou se mudar para a casa da mãe, de 73 anos —em frente à casa de Emanuelly— após sofrer um acidente que lhe tirou os movimentos das pernas.
"Eu tomo café, escovo os dentes e vou falar com ele", contou Emanuelly. "A gente conversa e brinca na varanda."
Letícia conta que todos os dias a filha atravessa a rua e vai à casa do vizinho. "Ela aproveita que, de manhã, a cuidadora o leva à varanda para tomar sol. É quando eles têm esse contato."
Ele tem vontade de sair casa. Com uma cadeira motorizada, ele vai poder."
Emanuelly da Luz Rodrigues, 6 anos
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