Sob influência do La Niña, verão será mais chuvoso em quase todo o Brasil
Este verão será mais chuvoso, em relação à média para o período, em praticamente todas as regiões do país, segundo projeção do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Uma das causas para isso é o fenômeno La Niña.
As regiões mais afetadas devem ser o Centro-Oeste, Norte, Nordeste —que hoje vê o sul da Bahia sofrer com as consequências de chuvas intensas— e alguns estados na área sul-sudeste do país. No sul da Bahia, no entanto, a previsão é de que as precipitações fiquem mais perto da média.
Influência
Foi o La Niña, aliás, um dos fatores para a chuva fora do normal no sul baiano, segundo Heráclio Alves, meteorologista do Inmet.
"Estamos neste momento sob influência do fenômeno climático La Niña, que é aquele resfriamento anormal na costa do Equador [...] E, quando isso acontece, tem impacto em várias regiões do globo, inclusive no Nordeste", explica Alves. Segundo ele, isso favoreceu as chuvas no sul da Bahia e um período mais seco no Sul.
Segundo o meteorologista, com o La Niña e o canal de umidade atuando mais "estacionado", por dias seguidos na mesma região, a chuva mais intensa ficou "bem mais concentrada sobre a Bahia". "O resultado é o volume elevado de chuvas."
De acordo com ele, a precipitação na Bahia já começa a perder força, rumo a outras regiões do país.
No verão, São Paulo, Paraná e Santa Catarina também deverão ter mais registros de precipitação do que o costume neste verão. As chuvas deverão contudo ser mais intensas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "Para o período, está com um indicativo para que seja um verão mais chuvoso nessas regiões", diz Alves.
Atípico
O La Niña é um fenômeno de resfriamento atípico da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico, na região do Equador. Para este mês e janeiro, a expectativa é de que ele tenha intensidade moderada. "Em anos de La Niña, o Nordeste e o Norte geralmente têm mais chuvas", diz Alves.
O fenômeno não impacta apenas para mais chuvas, como também para menos, o que deve acontecer no território gaúcho, segundo o Inmet.
"Prevê-se uma distribuição espacial irregular das chuvas, com possibilidade de acumulados abaixo da média climatológica no Rio Grande do Sul", diz um informe do instituto.
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