Topo

Esse conteúdo é antigo

Jornalista é morta pelo marido na noite de Réveillon na BA, diz polícia

Juliana Almirante

Colaboração para o UOL, em Salvador

03/01/2022 15h31

O engenheiro Reges Amauri Krucinski, de 42 anos, foi preso em flagrante na noite de sexta-feira (31), na cidade de Porto Seguro (BA), suspeito de matar a esposa, a jornalista Juliana de Freitas Alves, de 41.

Até a tarde de hoje, o suspeito continuava detido na delegacia de Polícia Civil de Porto Seguro. De acordo com o delegado Marcus Vinícius, ele preferiu ficar em silêncio durante o interrogatório à polícia. O engenheiro ainda não apresentou advogado defesa, informou a corporação. A reportagem ligou para a empresa onde o suspeito trabalha, mas ninguém quis comentar o caso.

Reges Krucinski foi preso pela PM (Polícia Militar), que foi chamada à residência do casal após o crime.

"A PM recebeu informações, achou ele perto do portão de casa e foi dado o flagrante", disse o delegado. O suspeito ainda tentou se matar após ter sido preso, se debatendo nas grades da delegacia.

Na casa do casal, a polícia encontrou uma pistola calibre 380, um revólver 357, uma espingarda calibre 12, várias munições e um abafador de tiros.

"Ele praticava tiro esportivo. Tinha o registro e a documentação das armas", garantiu Marcus Vinícius.

Ainda de acordo com o delegado, o casal morava em Porto Seguro há menos de um mês. "Eles residiam em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A princípio, havia discordância sobre a mudança e isso pode estar relacionado ao crime, mas ainda não podemos confirmar".

Filhos estavam em casa durante o crime

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu antes dos festejos do Réveillon. No momento do crime, os filhos de Juliana e Reges estavam em casa. Um deles é um bebê. Juliana ainda era mãe de uma menina, de outro relacionamento, e Reges o pai de outra garota. Todas as crianças já estão com familiares.

De acordo com as investigações preliminares, Juliana foi morta com três ou quatro tiros. A Polícia Civil aguarda o laudo pericial para confirmar a quantidade de disparos. A princípio, a investigação trata o caso como feminicídio.

Juliana atuava como autônoma e estava montando uma sociedade com outra colega, também jornalista.

O UOL entrou em contato com alguns familiares da vítima, que preferiram não se identificar, mas confirmaram o crime. Um deles informou que eles eram casados desde setembro de 2020. O sepultamento deve ocorrer no cemitério municipal de São Bernardo do Campo (SP), ainda sem data e horário para ocorrer.