Topo

Esse conteúdo é antigo

Desabamento de telhado em escola deixa 2 crianças feridas no litoral de SP

Duas crianças ficaram feridas com desabamento de telhado - Arquivo Pessoal
Duas crianças ficaram feridas com desabamento de telhado Imagem: Arquivo Pessoal

Maurício Businari

Colaboração para o UOL, em Santos

01/02/2022 17h30

Duas crianças ficaram feridas após o desabamento de um telhado no Colégio São José, um dos mais tradicionais do litoral paulista, no bairro do Gonzaga, em Santos. As crianças foram socorridas com ferimentos na cabeça e levadas de maca, por duas viaturas do Resgate. Até o momento, as aulas não haviam sido suspensas.

Algumas crianças aguardavam no pátio o horário de saída e outras faziam aula de educação física quando ouviu-se um estrondo que foi ouvido por todo o quarteirão. Instantes depois, as crianças começaram a gritar e correr pelo pátio.

O telhado que ruiu ficava numa área entre o pátio, o estacionamento de veículos e um dos prédios da escola, de acesso lateral. Um telhado de "meia água" com estrutura de madeira pesada e telhas de fibrocimento. Sob os escombros, lixeiras de plástico colorido destinadas à reciclagem revelam que o local não oferecia acesso a um fluxo contínuo de pessoas.

Segundo testemunhas que estavam no local, as duas crianças que se feriram estavam perto dessa área quando o telhado desabou. Chovia no momento do acidente. Cinco equipes da PM, duas do Resgate do Corpo de Bombeiros e uma ambulância atenderam à ocorrência.

As crianças, duas meninas de 7 e 11 anos, cujas identidades não foram reveladas, tiveram ferimentos na cabeça. Ambas foram atendidas pelas equipes dos Bombeiros no interior do prédio lateral da escola, ao lado da área onde o telhado desabou. Os bombeiros cercaram a área com fita zebrada, para impedir o acesso.

Preocupados, pais de alunos em busca de notícias dos filhos começaram a entrar na escola pelo portão da entrada lateral, na Rua Goiás. Por conta da movimentação, a via teve que ser interditada pela CET.

"Eles cobram tão caro a mensalidade e aí acontece uma coisa dessas", afirmou ao UOL o pai de um aluno, que pediu para não ser identificado. "É uma excelente escola, é claro que foi uma fatalidade. Mas o que aconteceu hoje deixa a gente preocupado. Como será que está o resto da estrutura do colégio?".

Um aluno que estava no pátio no momento que o telhado desabafou contou que parecia que tinha explodido uma bomba. "Fez um barulhão, depois as meninas começaram a gritar. Eu saí correndo", contou.

Ferimentos na cabeça

Por volta das 13h50, a primeira criança foi vista deixando o prédio em uma maca, com a testa sangrando. A menina estava consciente e uma professora tentava acalmá-la enquanto ela era colocada na viatura dos Bombeiros.

A segunda menina foi retirada minutos depois do prédio, com a cabeça toda enfaixada. A mãe chegou à escola de carro nesse exato e correu em direção à maca, chorando muito e perguntando o que tinha acontecido. Ela seguiu com a filha na outra viatura do Resgate.

Agentes do Corpo de Bombeiros que atendiam à ocorrência informaram que uma das crianças sofreu apenas um corte superficial na testa. Mas que o ferimento na outra parecia muito mais grave e, provavelmente, ela tenha que levar vários pontos para fechar o corte. Ambas foram levadas para hospitais da cidade, para realização de exames.

Com 98 anos de existência, o Colégio São José tem atuação em diversas áreas do ensino, desde a educação infantil até o ensino médio. É uma instituição de ensino católica, ligada à Congregação das Irmãs de São José, e é gerida pela Associação Sipeb (Associação de Instrução Popular e Beneficência) que há 110 anos promove projetos no âmbito da educação e assistência social.

Ainda não se sabe o estado de saúde das crianças feridas e tampouco se houve mais vítimas. O UOL procurou o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a direção do Colégio São José, em busca de mais informações.

Os órgãos não haviam respondido até o fechamento desta reportagem. Uma funcionária do São José informou que o colégio provavelmente só iria se pronunciar no final da tarde.