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Chance de achar sobrevivente em Franco da Rocha é baixíssima, diz Doria

Doria visita Franco da Rocha, onde 5 pessoas seguem desaparecidas após chuvas de domingo - Wanderley Preite Sobrinho/UOL
Doria visita Franco da Rocha, onde 5 pessoas seguem desaparecidas após chuvas de domingo Imagem: Wanderley Preite Sobrinho/UOL

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

03/02/2022 11h57

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já dá como certa a morte de outras cinco pessoas ainda consideras desaparecidas após um deslizamento de terra no último domingo (30) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Se os óbitos forem confirmados, subirá de 13 para 18 o número de mortos na cidade.

Na madrugada de hoje, o Corpo de Bombeiros localizou dois corpos no município, elevando para 29 o total de mortos no estado em razão das chuvas do último fim de semana.

"Temos 13 mortes contabilizadas aqui e cinco pessoas desaparecidas há mais de 72 horas. As chances de sobrevida são baixíssimas", admitiu o governador, que visitou o local do deslizamento na manhã de hoje.

As buscas vão seguir desses cinco corpos para que tenham a dignidade de seu sepultamento."
João Doria, governador de São Paulo

A visita serviu para que o governador anunciasse a destinação de mais R$ 3 milhões à Franco da Rocha, totalizando R$ 8 milhões, que deverão ser transferidos amanhã para a conta da prefeitura.

Auxílio Aluguel de R$ 600

Segundo o governador e o prefeito, o também tucano Nivaldo Santos, o dinheiro será destinado principalmente para socorrer as famílias afetadas pelas chuvas.

"As famílias já estão sendo assistidas com auxílio aluguel", afirmou o prefeito, sobre o socorro mensal reajustado de R$ 400 para R$ 600. O dinheiro também será destinado às obras de intervenção nas áreas que deslizaram com as chuvas.

Questionado, o prefeito afirmou que o plano de avaliação decidirá quais as casas que precisarão ser demolidas.

"As que forem necessárias serão demolidas", disse ele, que não deu detalhes sobre como prevenir que a tragédia se repita no ano que vem. "Nessa intervenção vamos ter essa avaliação para tomar as medidas necessárias."

Segundo o prefeito, existem "70 pontos que precisam de intervenção". Doria completou que, após os repasses para o auxílio aluguel e a realização das obras nas áreas de risco, a próxima providência será "a construção de habitação social".

Até agora, de 70 a 80 famílias foram cadastradas para receber ajuda, segundo as contas do prefeito, que prometeu que "nenhuma ficará sem assistência".

Questionado sobre como evitar novas tragédias, o governador citou os dois piscinões em construção desde janeiro. Doria aproveitou para criticar o governo federal, que negou recursos ao governo estadual.

"São recursos do governo de São Paulo. Deveria ter [dinheiro] do governo federal, mas não tivemos. Não quero politizar, mas apoiar a região", disse.

Segundo o secretário-chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil, Alexandre Monclús Romanek, há 5.200 pessoas desalojadas em todo o estado.

"Contamos com o serviço SMS 40199: a pessoa manda o CEP em que deseje receber alertas da Defesa Civil", orientou. "Ao receber os alertas, que sigam as orientações da Defesa Civil."