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Petrópolis: 5 pessoas seguem desaparecidas e 1117 estão desalojadas

Equipes continuam a procurar por desaparecidos em Petrópolis - Defesa Civil/Divulgação
Equipes continuam a procurar por desaparecidos em Petrópolis Imagem: Defesa Civil/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/03/2022 20h33Atualizada em 01/03/2022 20h33

Duas semanas após as fortes chuvas que deixaram pelo menos 231 pessoas mortas na cidade de Petrópolis (RJ), o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do estado continuam a procurar por cinco pessoas desaparecidas.

De acordo com a Defesa Civil, as buscas são concentradas nas regiões de Chácara Flora e Rio Quitandinha. As áreas estão isoladas e, periodicamente, o trânsito é desviado para que operações sejam feitas.

Ao todo, 995 pessoas estão acolhidas em escolas municipais e estaduais e outras 162 em pontos voluntários da cidade, o que leva o número de desabrigados a 1117.

Entre os mortos, 137 são do sexo feminino e 94 do sexo masculino. Ao todo, 44 menores de idade foram vítimas fatais dos deslizamentos e enchentes registrados no último dia 15.

O número de vistorias continua a crescer mesmo duas semanas após as maiores chuvas registradas. Hoje, 87 chamados foram atendidos pela Defesa Civil. Mais de 3,6 mil ocorrências foram registradas até o momento.

O forte temporal que atingiu Petrópolis provocou alagamentos, inundações e deslizamentos em vários pontos. Vídeos e fotos mostraram imagens de carros e ônibus sendo arrastados por fortes correntezas, enquanto pessoas tentavam se salvar. O município decretou estado de calamidade pública.

A cidade já vinha sofrendo há dias com fortes chuvas na região, mas, naquele dia, foram registrados cerca de 260 mm de precipitação em um período de apenas seis horas, levando caos ao município.

Trata-se da pior tragédia provocada pelas chuvas fortes já registrada no município pela Defesa Civil, que realiza a medição desde 1932. Em apenas três horas, choveu mais do que o previsto para todo o mês de fevereiro.

O governo estadual autorizou, no dia 18, gastos de R$ 150 milhões para obras emergenciais em cinco áreas prioritárias da cidade, como a rua 24 de Maio, rodovia Washington Luiz, praça Conde D'eu e na rua Teresa, conhecida pelo comércio.