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Vídeo mostra onça-pintada reagindo a humanos em seu território em rio de MS

Do UOL, em São Paulo

08/03/2022 22h13Atualizada em 08/03/2022 22h13

Uma onça-pintada foi flagrada deitada e "descansando" na raiz de uma árvore às margens do Rio Paraguai, em Corumbá, em Mato Grosso do Sul, no último domingo (6).

O animal foi visto por membros do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), ONG que atua pela preservação ambiental na área do Pantanal. O grupo estava em um barco que seguia da Serra do Amolar, também em Corumbá, para o centro do município.

No vídeo, é possível ver que apesar de olhar diretamente para o barco, o animal não se abala com a movimentação das pessoas e continua no local.

Onça-pintada macho foi flagrada na beira de um rio no Mato Grosso do Sul - Instituto Homem Pantaneiro/Divulgação - Instituto Homem Pantaneiro/Divulgação
Onça-pintada macho foi flagrada na beira de um rio no Mato Grosso do Sul
Imagem: Instituto Homem Pantaneiro/Divulgação

Em nota, o IHP explicou que a distância segura entre o ser humano e um animal da espécie é de pelo menos 10 metros. Para fazer um flagra como o do domingo, é necessário que todos se mantenham em silêncio, assim o bicho não se sente ameaçado pelo barco e continua a agir naturalmente.

Segundo estimativas do ICMBio, há hoje no Pantanal cerca de 13 mil onças-pintadas. Ainda assim, a espécie, que é considerada o maior felino da América e o terceiro maior do mundo (ficando atrás do tigre e do leão), enfrenta risco de extinção.

A quase mil quilômetros de distância de Corumbá, as câmeras instaladas pelo Projeto Onças do Iguaçu dentro do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, também são responsáveis por flagras de onças-pintadas em solo brasileiro.

Só em 2022, duas imagens inusitadas dos bichos foram divulgadas pela ONG paranaense. A primeira, em janeiro, mostra uma onça inédita em solo brasileiro, identificada pela forma das suas pintas, que funcionam como uma impressão digital.

A segunda, em fevereiro, mostra um casal andando junto, cena rara para a espécie, que tem hábitos solitários. O macho só fica acompanhado da fêmea no curto período em que ela está no cio, o que levantou a esperança de que novos filhotes pudessem aparecer no futuro.