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Biólogo toma bote de cobra incomum em vídeo: 'Fiquei impressionado'

Apesar do nome, a Caninana de Fogo não possui presas que soltam veneno, mas não deixam de ser perigosas - Reprodução/TikTok
Apesar do nome, a Caninana de Fogo não possui presas que soltam veneno, mas não deixam de ser perigosas Imagem: Reprodução/TikTok

UOL, em São Paulo

13/04/2022 15h33Atualizada em 14/04/2022 07h34

Um biólogo se deparou com uma cobra exótica enquanto andava na Reserva Biológica do Tinguá, no Rio de Janeiro, e acabou tomando um bote dela. A caninana de fogo é chamada assim por conta de sua coloração, uma mistura de amarelo e vermelho, parecido com uma chama, e pode chegar a 2,5 metros.

Apesar do nome, a caninana de fogo, também conhecida como Spilotes sulphureus, não possui presas que soltam veneno, como uma víbora ou uma cascavel, por exemplo, o que faz dela uma espécie não peçonhenta.

Essa espécie de animal é mais presente em áreas de Mata Atlântica, especialmente no Sudeste.

Em vídeo publicado numa rede social, o biólogo Matheus Mesquita descreveu o acontecimento como um dos encontros "mais incríveis que teve com um animal silvestre".

"Fiquei impressionado com a atitude dessa cobra, ela consegue dar vários botes para manter uma ameaça longe dela", disse ele, no TikTok.

Ele conta que o tamanho do animal, com mais de 2 metros, o impressionou.

"Na hora da soltura tive uma noção real do tamanho do bicho, mesmo com um pedação na minha mão tinha muita cobra no chão."

Durante a soltura, a cobra deu um bote no biólogo, que até já estava esperando por isso e não se feriu.

"A melhor maneira dela me afastar foi me dando um baita bote", narrou ele.

O que fazer em caso de picada de cobra venenosa

Entre 2000 e 2018, o Ministério da Saúde registrou 500.901 acidentes com cobras no país, com 1.991 mortes. São 26 mil picadas em média por ano, 2,1 a mil a cada mês.

Desde 1986, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece de maneira gratuita atendimento para esse tipo de acidente. É recomendado procurar o serviço médico mais próximo para atendimento emergencial.

Chupar o local da ferida ou amarrar o membro acometido pela picada da cobra são práticas rechaçadas por especialistas.

Enquanto o veneno vai agir na região de maneira mais acentuada na região do torniquete, a entrada de microrganismos pode levar infecções secundárias se o indivíduo chupar o local da picada. Ou seja, os dois métodos são falhos.

A primeira recomendação para um caso de picada, caso seja possível, é lavar o local com água e sabão. Deve se manter a vítima deitada, e o membro acometido elevado. Também é importante tirar objetos, como relógios, pulseiras e sapatos, próximo do local da picada da vítima, pois a região do corpo deve inchar e isso dificulta a circulação.