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Yakecan: Ciclone deixa mais de 220 mil sem energia elétrica no RS

Queda de postes e árvores, assim como rompimento de fios, causou falta de energia em mais de 200 mil casas do RS - Reprodução/Twitter @EPTC_POA
Queda de postes e árvores, assim como rompimento de fios, causou falta de energia em mais de 200 mil casas do RS Imagem: Reprodução/Twitter @EPTC_POA

Do UOL, em São Paulo

17/05/2022 21h31Atualizada em 17/05/2022 23h34

Mais de 220 mil residências estão sem energia elétrica no Rio Grande do Sul por causa da passagem do ciclone Yakecan pelo sul do país. Ventos fortes foram registrados na tarde e noite de hoje, derrubando árvores, postes e fiações elétricas em municípios, que estavam em estado de alerta.

No estado, as regiões da Campanha, do Sul e do Centro-Sul foram as primeiras a sofrerem interrupção no fornecimento de energia. Segundo a CEEE Equatorial, fornecedora de parte do Rio Grande do Sul, 182 mil estão sem luz em municípios como Porto Alegre, Guaíba, Viamão, Alvorada, Charqueadas, Barra do Ribeiro, Mariana Pimentel, Eldorado do Sul, Imbé, Mostardas, Tavares, Tramandaí, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Chuí, São José do Norte, Pelotas, São Lourenço do Sul, Bagé e Cerro Grande do Sul.

Outras 44 mil pessoas, atendidas pela RGE, estão igualmente sem acesso à energia elétrica, nas regiões de Canoas, Gravataí, Vale dos Sinos, Planalto, Serra e Vale do Rio Pardo.

De acordo com a CEEE, os prazos para solução das ocorrências dependerão da complexidade de cada caso. A RGE orientou que seus usuários não tentem fazer consertos por conta própria nas redes elétricas.

Mais transtornos

Em Rio Grande (RS), um grupo de 130 pessoas enfrentou uma forte angústia na hora de voltar para casa, em São José do Norte, depois que as condições meteorológicas impediram o funcionamento da balsa que faz a travessia entre os municípios, que dura meia hora. Por terra, o trajeto é feito em nada menos que 600 km.

Segundo o MetSul, chuva de granizo foi registrada em São José dos Ausentes, onde, segundo a TV Globo, foi registrada sensação términa de - 0 ºC. A Prefeitura de Guaíba emitiu um alerta para rajadas de ventos intensas na região e pediu que as pessoas evitassem sair de casa. A prefeitura de Balneário do Pinhal abriu espaços de acolhimento em um ginásio e na sede da Brigada Militar na cidade.

Resgate - Eduardo Bozzeti/Correio do Povo/Reprodução - Eduardo Bozzeti/Correio do Povo/Reprodução
Homem ficou ilhado em molhes na barra da Praia do Cassino
Imagem: Eduardo Bozzeti/Correio do Povo/Reprodução

No fim da tarde, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul foi acionado para resgatar um homem preso nos molhes da Barra de Rio Grande, construção que fica na Praia do Cassino e "divide" um trecho de mar mais agitado da costa. A vítima foi retirada do local pouco após a chegada das equipes na área.

Mais cedo, ainda por volta do meio-dia, Porto Alegre registrou problemas com queda de árvores, incluindo um espécime de grande porte que caiu por causa da força dos ventos na Av. Prof. Oscar Pereira.

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes emitiu um alerta para que condutores de veículos leves, como motocicletas, carros de passeio e caminhões tipo baú, não trafegassem nas rodovias federais entre as 15h de hoje e 23h59 de amanhã. Segundo o órgão, há risco de tombamento de veículos na pista por causa do vento e da chuva.

Ventos podem chegar a 110 km/h

O ciclone Yakecan chegou ao Brasil atingindo partes do Rio Grande do Sul na tarde de hoje. Segundo o MetSul, o centro do ciclone deve avançar de sul para norte cruzando o leste do estado, com ventos intensos. À noite, o fenômeno atinge o ápice de sua força. Em Porto Alegre, prejuízos já foram contabilizados com múltiplas quedas de árvores na capital.

Pouco após as 18h, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mantinha ativo alertas de perigo de vendaval para mais de 400 municípios do Rio Grande do Sul, assim como alertas de "grande perigo" para ventos costeiros em 41 cidades do estado.

A previsão da Defesa Civil do Rio Grande do Sul é que o ciclone atue com maior intensidade nas faixas lestes, zona sul, Costa Doce, Região Metropolitana, Litoral Norte e na Serra gaúcha. As rajadas de vento podem atingir os 110 km/h.

Modelos meteorológicos mostram movimento previsto para o ciclone que se deslocará ao longo da costa brasileira. O esquema desenvolvido pelo Windy (acima) apresenta esquema de direção dos ventos atualizada.

Como se proteger

De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, a população deve tomar alguns cuidados durante a passagem do ciclone. A maior parte das recomendações contempla pequenas deciões que podem fazer a diferença nesse tempo de instabilidade.

  • Evite sair às ruas durante o vendaval;
  • Evite se abrigar em postes ou árvores;
  • Fechem bem portas e janelas;
  • Desliguem aparelhos elétricos;
  • Não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de segurança.