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Policiais ligados a Zinho são alvos de operação contra maior milícia do RJ

Agentes públicos teriam ajudado facção hoje liderada por Luiz Antônio da Silva Braga, o "Zinho" - Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Agentes públicos teriam ajudado facção hoje liderada por Luiz Antônio da Silva Braga, o "Zinho" Imagem: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

Do UOL, em São Paulo

20/05/2022 08h11Atualizada em 20/05/2022 08h11

Uma operação realizada hoje no Rio de Janeiro tem como alvo integrantes e aliados da maior milícia do estado, com 10 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão contra policiais civis e penais acusados de ajudar a organização criminosa que até 2021 era chefiada por Wellington da Silva Braga, o "Ecko", morto em 12 de junho do ano passado pela Polícia Civil carioca.

Desde então, quem comanda o grupo é o irmão de Ecko, Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como "Zinho".

Segundo a investigação do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), os agentes públicos eram responsáveis pelo repasse de informações privilegiadas aos integrantes da milícia, como detalhes de investigações em andamento, além de facilitar a movimentação de suspeitos com uma escolta que utilizava até mesmo viaturas oficiais.

A ação de hoje foi liderada pelo MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e executada pela DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais).

Os alvos identificados foram Francisco Anderson da Silva Costa, conhecido como "Garça" ou "PQD", apontado como um dos chefes do grupo criminoso, Luiz Bastos de Oliveira Junior, conhecido como "Pqdzinho", e os policiais militares Matheus Henrique Dias de França, o "Franc", Leonardo Corrêa de Oliveira, o "Sgt. Oliveira", e Pedro Augusto Nunes Barbosa, o "Nun".

Já entre os agentes penais estão André Guedes Benício Batalha, o "Gue", Edson da Silva Souza, o "Amigo S"; Ismael de Farias Santos; Alcimar Badaró Jacques, o "Badá"; Carlos Eduardo Feitosa de Souza, o "Feitosa" ou "Feio"; e Wesley José dos Santos, o "SEAP".

A morte de Ecko teria intensificado a guerra entre milícias no Rio, com a reconfiguração do mapa das facções criminosas. Na época, a Polícia Civil afirmou que as três grandes facções que dominavam a Região Metropolitana passaram a se enfrentar após a queda do miliciano, deixando para trás uma antiga aliança que as unia em confrontos contra o Comando Vermelho.