Quem era o filho de desembargador morto em briga com vizinho em MG
Júlio César Lorens Júnior, morto a facadas por um vizinho na última quinta-feira (19), tinha 28 anos e vivia em Belo Horizonte com a esposa, Alessandra Aline, e três gatos.
Formado pela PUC Minas, ele lecionava História Geral no cursinho pré-vestibular Hexag Medicina. Na página da instituição em uma rede social, colegas e alunos homenagearam o professor, afirmando que ele era "uma pessoa sensacional e de grande coração, professor dedicado e atencioso".
Outros alunos escreveram que Júlio era "doce, talentoso, dedicado e alegre" e que misturava "a arte de ensinar com o fascínio de aprender".
Paralelamente às aulas, ele também tinha projetos como pesquisador e atuava no setor editorial formulando materiais didáticos para cursos preparatórios.
O corpo de Júlio César foi velado e enterrado ontem, no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte. "Que seja lembrado por seu sorriso, coração bondoso e fala serena", diz a mensagem dos familiares na postagem do velório.
Em suas redes sociais, Júlio gostava de compartilhar fotos dos gatos e sua paixão pela leitura. Fazia resumos e recomendações das obras, acompanhadas de análises políticas e sociais. Em uma das postagens, sobre a obra "Crime e Castigo" de Dostoiévski, ele elabora sobre as "contradições sentimentais dos seres humanos e os motivos subjetivos que levam ao crime".
Contatada pela reportagem, a viúva Alessandra não respondeu até o momento. Ela afirmou em suas redes que "falta ao ar, respirar é dilacerador" e que estará com o companheiro "por toda a eternidade". O casal estava junto há cerca de dez anos.
Júlio era filho do desembargador Júlio César Lorens, que atua no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O TJMG divulgou nota de pesar.
"Em nome do Poder Judiciário, o presidente Gilson Lemes expressa solidariedade e condolências pela irreparável perda a familiares e amigos", diz a nota.
O crime
Júlio foi morto na quinta-feira (19) em decorrência de facadas desferidas por seu vizinho de cima, de 67 anos. O homem está preso e não teve sua identidade divulgada.
A confusão, motivada por barulho, ocorreu durante a manhã. Júlio foi levado ao Hospital João XXIII com vida, mas não resistiu.
Segundo o depoimento de Alessandra à polícia, as desavenças entre ele e o vizinho eram antigas. Imagens de uma câmera de segurança mostram o professor jogando o que parece ser spray de pimenta no idoso, que revida com facadas.
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