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Desaparecidos no AM: Entidade indígena aciona STF por mais esforço na busca

Caminhões com telas exibem imagem e mensagens sobre desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira pelas ruas de Los Angeles (EUA), onde ocorre a Cúpula das Américas - Divulgação
Caminhões com telas exibem imagem e mensagens sobre desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira pelas ruas de Los Angeles (EUA), onde ocorre a Cúpula das Américas Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

10/06/2022 11h05Atualizada em 10/06/2022 11h16

A Apib (Articulação dos Povos Índigenas do Brasil) enviou hoje uma petição ao STF (Supremo Tribunal Federal) cobrando mais esforços do governo na busca pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos desde o último domingo (5) na Amazônia.

Na petição, a entidade diz que o governo federal não está empenhando "os esforços necessários" nas buscas e afirma que as aeronaves disponíveis "não foram usadas de maneira eficiente e que há poucos barcos e agentes públicos atuando no caso."

"Apesar de veicular publicamente que está trabalhando neste sentido, o governo federal não está, de fato, empreendendo os esforços necessários", diz o texto.

O documento foi enviado ao ministro Luís Roberto Barroso, que é relator de uma ação que aponta omissão do governo federal no combate à covid-19 em terras indígenas.

Onde o indigenista e o jornalista desapareceram - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Para a Apib, o apoio governamental é fundamental para salvar Bruno e Dom. "É indispensável que todas as autoridades públicas competentes permaneçam mobilizadas para uma efetiva busca e salvamento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, coordenando uma ação organizada das forças de segurança pública em cooperação com as organizações indígenas locais, que têm assumido, desde o primeiro momento, a iniciativa pelas buscas e apuração dos fatos", disse.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos também criticou a ação do governo brasileiro para encontrar os desaparecidos. Para a entidade, houve "desdenho" das autoridades em relação ao caso. O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que Dom e Bruno saíram em uma "aventura".

Em audiência na Câmara dos Deputados na última quarta (8), o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Oliveira, afirmou que "não houve retardo" das Forças Armadas nas buscas.