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Homem é preso após confessar ter matado mulher e esconder corpo por 3 dias

Corpo de Angélica Aparecida Cidade da Silva, 47 anos, foi encontrado embaixo de roupas - Polícia Civil/Divulgação
Corpo de Angélica Aparecida Cidade da Silva, 47 anos, foi encontrado embaixo de roupas Imagem: Polícia Civil/Divulgação

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

15/06/2022 10h59

Um homem de 42 anos foi preso em flagrante após ter confessado que matou a companheira e manteve o corpo dela escondido dentro de casa por três dias no bairro Santa Tereza, zona Sul de Porto Alegre. A mulher foi identificada como Angélica Aparecida Cidade da Silva, 47 anos.

Conforme a delegada Fernanda Campos Hablich, responsável pela investigação, o homem disse que o casal brigou na sexta-feira à noite (10). Ele afirmou ainda que, na madrugada de sábado (12), enforcou a companheira com o cachecol dela, que ainda estava em Angélica ontem quando o corpo foi localizado, embaixo de peças de roupas.

A mulher deixa quatro filhos, de outro relacionamento, que estavam com o pai no momento do crime. Segundo a delegada, o ex recebeu uma mensagem de despedida direcionada aos filhos. O celular era de uso comum do casal e, por isso, acredita-se que o homem tenha enviado a mensagem após o feminicídio. Os dois estavam juntos há um ano e quatro meses.

O desaparecimento de Angélica foi comunicado por dois empregadores do restaurante onde ela trabalhava. "Eles deram falta dela, que nunca faltava, que sempre avisava quando tinha alguma coisa. E ela não apareceu para trabalhar no sábado, nem no domingo, nem na segunda. (Ela) Não falava com ninguém, com as colegas de trabalho."

Segundo a delegada, antes de fazer o registro de desaparecimento, os empregadores entraram em contato com o companheiro dela, que deu informações desencontradas sobre onde ela estaria.

A polícia foi até a residência onde o casal morava para intimar o homem como testemunha. Porém, ao chegar ao local, ele já admitiu o crime.

"Ele abriu a porta, foi confirmado a identidade dele e quando perguntado informalmente se sabia onde estava Angélica ele disse: 'mas ela está aqui e está morta'. Não esboçou reação, ele é apático, fala pouco. (...) Ele nem foi perguntado isso, prontamente disse que ele matou", explica a delegada.

A perícia não foi concluída ainda, mas preliminarmente a delegada afirma que a causa da morte é por asfixia por conta das marcas no corpo e pela presença do cachecol no corpo, além da confissão dele.

O homem tem antecedentes criminais por posse de entorpecentes, furto e furto qualificado. Segundo a delegada, ele já foi encaminhado ao sistema prisional.