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Polícia apura morte de ao menos 10 macacos no Parque Zoobotânico, em Belém

Parque Zoobotânico Rodrigues Alves, localizado no centro de Belém - Divulgação/Parque Zoobotânico Rodrigues Alves
Parque Zoobotânico Rodrigues Alves, localizado no centro de Belém Imagem: Divulgação/Parque Zoobotânico Rodrigues Alves

Luciana Cavalcante

Colaboração para UOL, em Belém

17/06/2022 09h37

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Polícia Civil do Pará investigam a morte de 10 macacos nos arredores do Parque Zoobotânico Rodrigues Alves, localizado no centro de Belém. As mortes começaram a acontecer no dia 3 de junho, quando 8 corpos foram encontrados na calçada do parque. Ontem (16), a pasta anunciou mais duas mortes. O bosque está fechado desde que os casos começaram a acontecer.

Os animais da espécie macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus) vivem soltos no parque, que ocupa uma área de 5 hectares no centro da cidade. Aparecem sempre nas grades do Zoobotânico e frequentemente são alimentados por quem passa por lá, apesar de insistentes campanhas do parque informando que essa prática não é recomendável.

Os primeiros laudos de coletas de amostras dos oito animais realizados pelo Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, descartaram presença de doenças como febre amarela e raiva.

Com o aparecimento dos últimos dois casos, a Polícia Civil passou a investigar o caso, por meio da Delegacia de Meio Ambiente. A investigação apura se as mortes foram por envenenamento.

"A delegacia foi acionada para investigar se essas mortes foram motivadas por ação humana, seja pela doação de alimentos ou mesmo de maneira criminosa. Por isso, o trabalho da perícia criminal será importante para definir como vamos seguir com a investigação", disse a delegada Adriana Magno.

A polícia solicitou perícia nos corpos dos animais encontrados. Além da análise de amostras dos corpos, os peritos criminais também recolheram amostras de sangue de outros dois macacos, sendo um com sinal de fraqueza e o outro em bom estado de saúde.

"Essas coletas também serão levadas para exames toxicológicos e, a partir dos resultados, serão comparados e poderão ajudar a complementar as informações do laudo", perita criminal Gabrielle Cardoso.

Também foram recolhidas embalagens de alimentos que podem ter sido fornecidos por pessoas não autorizadas aos animais.

Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que está agindo juntamente com o Instituto Evandro Chagas, do Centro Nacional de Primatas, para capturar macacos vivos, a fim de colher material para análise com objetivo de identificar com precisão a causa ou as causas das mortes já ocorridas.