Homem confessa morte de namorada no RJ, diz polícia; filha dela achou corpo
Uma mulher de 29 anos foi morta por estrangulamento, ontem à tarde, dentro de casa, na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A filha, de 12 anos, encontrou o corpo de Maciele Araújo da Silva no chão do imóvel. O namorado, apontado como principal suspeito, se entregou à polícia. O caso registrado como feminicídio e, de acordo com a Polícia Civil, ele confessou o crime.
"O relacionamento dos dois sempre foi conturbado, desde o início. Uma vez, durante uma briga, ele usou uma faca para cortar o colchão dela. Ele era muito possessivo", lamentou Fabiano Araújo, irmão da vítima, em entrevista ao UOL.
Maciele e o namorado estavam juntos havia quase dois anos e, desde o início, amigos e parentes da jovem já notavam um comportamento diferente dele. "Ela sofria muitas agressões, ela chegou a prestar queixa uma vez, mas ela perdoou e decidiu voltar. Ela achava que ele poderia mudar, que podia ser feliz, mas não, agora ela está morta", disse uma amiga, que pediu para ser identificada apenas como Elaine.
Após o crime, o suspeito fugiu para a região da Gardênia Azul - a 5 quilômetros do local do assassinato -, segundo a Polícia Civil. Foi a família de Maciele que o encontrou e o levou para a 32ª (Taquara), na Zona Oeste. Em seguida, o namorado da vítima foi transferido para a Delegacia de Homicídios, na mesma região.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que uma perícia já foi feita no local. Ainda segundo a corporação, "um homem se apresentou na 32ª DP (Taquara) e confessou o crime".
Segundo a Polícia Civil, até o momento nenhum advogado se apresentou e, por isso, a reportagem não o identificará. O texto será atualizado quando ele tiver defesa estabelecida.
Aborto após agressões
"Há dois meses ela sofreu um aborto por causa das agressões. Ela estava grávida dele e sofreu esse aborto. Ela ficou internada quase três semanas se recuperando. Eles reataram, mas dessa vez foi fatal. Eu nunca fui a favor desse relacionamento, sempre que eu falava, dava briga. Quem olhava pra ele não dizia que ele era um monstro", disse ao UOL, Ciel Araújo, outro irmão de Maciele.
Pelas redes sociais muitos amigos lamentaram a morte precoce da jovem que, além da filha de 12 anos, também tinha um menino de 7. "Estou até agora sem acreditar"; "como nós mulheres ainda passamos por isso?" e "você sempre foi uma boa menina", foram algumas das publicações.
A última postagem de Maciele foi no dia 7 de julho quando a jovem compartilhou uma publicação sobre relacionamentos que dizia: "Ou você muda, ou eu vou te deixar". A vítima ainda escreveu "vai com Deus". Em resposta, a mãe da jovem ainda fez um alerta: "Mais isso não é o seu caso, porque você quer sempre a mesma página que é a do sofrimento. Pancadaria e confusão". A jovem responde: "Não quero, não".
O corpo de Maciele foi liberado por familiares, hoje pela manhã, no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio.
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