Vereador quer acabar com praia de nudismo em Camboriú; naturistas reagem
O vereador de Balneário Camboriú (SC) Anderson Santos (Podemos) apresentou um projeto de lei neste mês para proibir o nudismo na Praia do Pinho, considerada a primeira praia de naturismo do Brasil. Na proposta, ele diz que o espaço está sendo usado como "ambiente de promiscuidade", com "sexo explícito e uso de drogas".
"Esta praia não está mais atraindo o público específico de outrora que movimentava um turismo considerável à cidade e à região, cabendo, portanto, que se altere sua atual configuração", diz na justificativa do projeto de lei.
A proposição gerou reações da comunidade naturista. Uma petição online com mais de mil assinaturas diz que o naturismo no local tem regras e código de ética que funcionam há décadas para impedir comportamentos inadequados. O abaixo-assinado foi compartilhado pela Federação Brasileira de Naturismo no Facebook.
"O que falta é policiamento e limpeza por parte dos órgãos públicos, os quais já foram solicitados por diversos ofícios. Se a praia do Pinho não for mais naturista haverá policiamento e limpeza?", questiona a petição. "Se houver, significa que os direitos não são iguais para todos e que o poder público está discriminando os naturistas."
Considerada a primeira praia de naturismo do Brasil, a praia do Pinho atrai adeptos da prática desde 1983. Com cerca de 500 metros de extensão, a faixa de areia é cercada por montanhas e vegetação.
Usuários do Twitter criticaram a proposta do vereador de Balneário Camboriú, e associaram a proposta à pressão de construtoras que teriam interesse em erguer prédios na região.
"Esse lance de quererem acabar com o nudismo na praia do Pinho aqui em BC [Balneário Camboriú], nada mais é que pressão das construtoras que querem construir condomínios lá", escreveu um.
Outra internauta considerou a proposta um retrocesso. "Qual o problema que uma praia de nudismo traz pra sociedade?", questionou.
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