RJ: PM acusado de matar mulher em chacina diz que achava que seria atacado
Um PM acusado de matar Letícia Marinho Salles na chacina policial de 21 de junho, que deixou 17 pessoas mortas no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, disse ter atirado após confundir uma colega de farda com um criminoso.
O relato foi dado em depoimento registrado pela Delegacia de Homicídios, que investiga o caso. O cabo Eduardo Nunes Rodrigues Júnior atirou 12 vezes na direção da policial militar, que deixava o local em um carro particular. Leticia, 50, que estava na região para visitar as filhas, estava na linha de tiro e acabou sendo atingida no peito.
Em relato obtido pelo Jornal O Globo, o cabo, afastado do patrulhamento pela PM após participar da ação, disse que decidiu abrir fogo após ter pensado que "criminosos armados em fuga atentariam contra a sua equipe".
Ele disse ter confundido a colega de farda com "um indivíduo que empunhava uma pistola ostensivamente, com possibilidade concreta de efetuar disparos", informou o diário.
Um dos veículos atingidos era o Chevrolet Prisma ocupado por Letícia e outros dois parentes, parado em um sinal de trânsito.
A policial militar na mira do atirador estava no carona de um carro conduzido por um colega ao lado e confirmou em depoimento que empunhava uma pistola, ainda segundo o Jornal O Globo.
Ela disse que o colega, que estava à paisana, reduziu a velocidade e abriu os vidros do carro "devido à tensão que havia em toda a região", informou em depoimento, segundo o jornal. Em seguida, disse ter colocado o corpo para fora e ter levantado as mãos, dizendo "polícia". Em seguida, relatou ter ouvido os tiros, ainda de acordo com O Globo.
Após os disparos, os carros aceleraram. Leticia, que estava no carona, foi socorrida pelo namorado, que dirigia o veículo e a levou para uma unidade de saúde. Mas ela já chegou morta ao local.
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