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Mãe de menina morta após sair de padaria em BH pede Justiça: 'Insuportável'

Luciene Vitalino, mãe de Bárbara Vitória, falou sobre dor da perda da filha durante manifestação na tarde de ontem - Reprodução/TV Globo Minas
Luciene Vitalino, mãe de Bárbara Vitória, falou sobre dor da perda da filha durante manifestação na tarde de ontem Imagem: Reprodução/TV Globo Minas

Do UOL, em São Paulo

03/08/2022 09h41Atualizada em 03/08/2022 12h50

A mãe de Bárbara Vitória, encontrada morta na região metropolitana de Belo Horizonte, pediu Justiça pela filha durante uma manifestação organizada por moradores do bairro Pedra Branca, onde o corpo da menina de 10 anos foi localizado. Segundo um perito da polícia entrevistado pela TV Globo, uma corda foi achada próxima do corpo da garota.

A criança desapareceu no domingo (31), depois de sair da casa da família, no bairro Mantiqueira, para ir até uma padaria. O trajeto, na divisa da capital mineira com a cidade de Ribeirão das Neves, tinha cerca de 250 metros.

Imagens de câmeras de segurança registraram Bárbara deixando o estabelecimento, com o saco de pão na mão, mas em vez de seguir até sua casa, a menina passou mais de 30 minutos caminhando pelas ruas da região, aparecendo correndo em alguns dos trechos.

"Está sendo insuportável, eu nem sei te falar o tamanho da dor que eu estou sentindo, a única coisa que eu quero é Justiça", declarou Luciene Vitalino, mãe da menina, à TV Globo Minas, durante a manifestação na tarde de ontem, no campo de futebol em que Bárbara foi encontrada.

Equipados com blusas e bexigas brancas, moradores acompanharam a retirada do corpo, localizado na manhã de ontem por uma jovem que ajudava a polícia nas buscas.

"Eu estava atrás dela e aí eu pensei assim: 'Vou procurar no campo e no brejo que tem ali perto do Pedra Branca. O pessoal estava no campo, jogando bola, e eu comecei a andar para dentro, foi quando eu vi a menina deitada", detalhou a estudante Kate Botelho, também em entrevista à afiliada.

Um dos peritos envolvidos no caso declarou à emissora que o corpo de Bárbara tinha marcas de estrangulamento e uma corda próxima ao seu pescoço. A área de mata em que a criança foi encontrada fica a cerca de 450 metros da padaria, em uma direção oposta à casa da família da vítima.

Câmeras registraram menina

Nas imagens registradas por câmeras de segurança, Bárbara aparece às 17h45 na fila do caixa da padaria. Um minuto depois, ela se despede de uma atendente e deixa o local, caminhando tranquilamente pela rua. Às 17h55, a menina aparece atravessando uma outra rua do bairro Mantiqueira, ainda sem agitação aparente.

Às 18h23, ela volta a ser registrada, mas, dessa vez, aparece correndo em uma calçada, com dois homens correndo na mesma direção. Pouco depois, a menina surge caminhando novamente, lado a lado com um homem que parece gesticular para ela.

Ele foi identificado como um morador do bairro da menina, que já chegou a consertar a ligação de energia na casa de Bárbara. Em um primeiro momento, o homem negou que aparecesse nas imagens, mas o filho do investigado acabou confirmando que era o pai que acompanhava a menina pela rua.

Questionado, o rapaz acabou confirmando que falou com a vítima, mas afirmou que não fez nada com a criança, detalhou a Globo Minas. Um saco de pão semelhante ao levado pela vítima foi encontrado na casa do homem, que argumentou também ter ido a padaria no mesmo dia. Depois de ouvido, ele foi liberado.

Até o momento, a Polícia Civil de Minas Gerais não deu mais informações sobre a identificação ou prisão de suspeitos.