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Neta é presa suspeita de matar a avó asfixiada e atear fogo ao corpo em GO

Amanda tentou cavar uma cova nos fundos da residência da avó, porém desistiu e acabou ligando para a polícia - Reprodução/Polícia Civil
Amanda tentou cavar uma cova nos fundos da residência da avó, porém desistiu e acabou ligando para a polícia Imagem: Reprodução/Polícia Civil

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

17/08/2022 18h47

Uma mulher, de 28 anos, foi presa e está sendo investigada pela morte da própria avó, asfixiada com um cinto, e depois colocar fogo no corpo da vítima, de 69 anos. O crime aconteceu ontem na cidade de Pontalina (GO), a cerca de 120 km de Goiânia.

Amanda Garcia Borba foi presa após ligar para a Polícia Militar e contar sobre o crime. Segundo o delegado Pedro Democh, ela afirmou que a vítima "seria a pivô de diversos transtornos que ocorriam na família."

"Na semana passada, a mãe da suspeita sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ela culpava a avó", relatou o delegado ao UOL. Após a morte da vítima, Amanda teria colocado o corpo em uma mala e ateado fogo, mas, logo em seguida, acionou a Polícia Militar.

"Momentos antes do crime, a neta insistiu que seu companheiro fosse trabalhar, para que, assim, tivesse tempo para cometer o crime. Após a morte da idosa, ela tentou cavar uma cova nos fundos da residência, porém desistiu, ao ver que não conseguiria, demonstrando, aparentemente, uma premeditação quanto ao cometimento do crime", contou o delegado.

Amanda justificou ter matado a avó porque ela seria "pivô" de diversos transtornos na família - Reprodução/Redes Sociais - Reprodução/Redes Sociais
Amanda justificou ter matado a avó porque ela seria "pivô" de diversos transtornos na família
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Amanda foi encaminhada à Delegacia de Pontalina e deve responder por homicídio qualificado.

O UOL teve acesso ao registro da ocorrência. O documento cita que a PM chegou na casa e viu Amanda saindo da residência e com fumaça no interior do local, já que o corpo da idosa ainda estava em chamas. Em seguida, a suspeita foi detida e teria confessado o crime.

"A irmã da autora, menor de 18 anos, dormia dentro de um quarto da casa, e afirmou que não tinha conhecimento do que estava acontecendo. No momento em que a menina foi localizada no quarto, a porta estava trancada com a chave do lado de fora", cita o documento.

À tarde, o UOL fez contato com o advogado André Henrique, que alegou que "Amanda tem um quadro depressivo" e alegou ainda estar "assumindo o caso e buscando detalhes do inquérito". No início da noite, no entanto, o defensor abandonou o caso.

A advogada Nayara Cristine Silva assumiu a defesa da suspeita. Segundo ela, apesar de Amanda ter confessado o crime à Polícia, não houve a intenção de cometer o assassinato contra a avó.

"Ela estava em surto, e numa situação acalorada ocorreu essa fatalidade, mas não houve premeditação. A mãe dela está internada com AVC, além da jovem passar por um momento depressivo, e tudo isso teve influência direta", afirmou a advogada que pretende buscar a soltura da suspeita para que ela responda o processo em liberdade.