PF: Caso do avião da FAB com cocaína teve associação criminosa, diz TV
O sargento Manoel Silva Rodrigues, da FAB (Força Aérea Brasileira), foi preso em 2019 após transportar 39 quilos de cocaína à Espanha. De acordo com novo relatório da Polícia Federal, noticiado pela emissora GloboNews, o caso contou com participação de associação criminosa de traficantes. A investigação central está com a justiça militar, no entanto, a PF foi chamada para apurar o fornecimento das drogas.
O documento esclarece que Rodrigues estava envolvido em esquema envolvendo diversos militares da FAB, incluindo Jorge Luiz da Cruz Silva, suspeito por fazer o recrutamento de mulas para a quadrilha de drogas. Segundo a PF, a cocaína transportada pelo sargento foi fornecida por 'Chico Bomba', codinome de Marcos Daniel Gama - detido pela PF em 2021.
O avião de Manoel Silva Rodrigues fazia parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Europa naquele ano.
A apuração da PF encontrou alguns obstáculos, de acordo com o relatório, devido à falta de cooperação internacional, com a justiça espanhola não tendo mandado certas mensagens trocadas entre o sargento e a quadrilha até agora. Outro fator para essas dificuldades foi o sumiço de Wilkelane Nonato, esposa de Rodrigues, com R$ 40 mil e um celular com diversas conversas com a quadrilha.
Relembre o caso
Manoel Silva Rodrigues foi preso em junho de 2019 em Sevilha, na Espanha, após desembarcar do avião - no qual carregava os 39k quilos de cocaína. A prisão em flagrante aconteceu com denúncia anônima e o carregamento era avaliado em R$ 6,4 milhões.
Com investigações desenvolvidas a partir deste caso, o Ministério Público Militar descobriu um amplo esquema de tráfico internacional com aviões da FAB, que continuou após a prisão de Rodrigues. O próprio sargento já havia cometido o mesmo crime, nas outras 7 viagens internacionais que fez com a Força.
Em uma das últimas atualizações, Manoel Silva Rodrigues foi expulso da FAB em maio desse ano.
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