'Massivos': 5 extrações de tumores gigantes que desafiaram médicos
Um tumor de 46 quilos retirado de uma paciente de 45 anos em um hospital de Itaperuna (RJ) chamou atenção de especialistas da área. Ao todo, 14 pessoas foram mobilizadas para a retirada da massa da paciente, que tinha 1,52 metro de altura e pesava 150 kg. A operação levou duas horas.
No Brasil e no mundo, cirurgias para retirada de tumores do tipo não são comuns, mas já foram registradas.
Confira alguns exemplos de intervenções cirúrgicas para remoção de tumores que impressionaram até a comunidade médica.
5. Falsa gravidez
Em 2020, após apresentar dores e um volume avantajado na barriga, uma secretária administrativa de 25 anos procurou atendimento médico no município de Cruzeiro do Sul, a 590 quilômetros de Rio Branco (AC) com suspeita de gravidez.
Ao chegar no Hospital Regional de Juruá, porém, ela foi informada que o "bebê" era, na verdade, um tumor de 20 quilos.
Segundo a equipe médica, o desenvolvimento da massa foi rápido e o tumor cresceu em um período de 3 meses. O material biológico de origem ovariana foi enviado para análise, que constatou que a massa era benigna. Apesar disso, a cirurgia para retirada contou com quatro médicos e foi considerada "delicada", já que o tumor se espalhou para apêndice, intestino, bexiga e útero.
4. Cisto gigante
Em 2022, uma equipe médica do hospital Armando Vidal, no município de São Fidélis (RJ), retirou um cisto gigante, de cerca de oito quilos, de uma paciente de 65 anos. A mulher chegou até a unidade de saúde apresentando dores abdominais e teve a massa benigna constatada após uma tomografia.
Os médicos passaram duas semanas se preparando para a operação, que durou pouco mais de uma hora, tempo padrão para cirurgias do tipo. A paciente foi liberada sem qualquer sequela.
3. Intervenção pioneira
Com diagnóstico de neurofibromatose tipo 1, uma doença genética rara que se manifesta em tumores de alta vascularização, a curitibana Karina Rondini foi submetida a uma cirurgia para a retirada de 30 quilos de tumores. O caso ocorreu em 2021.
A jovem de 32 anos entrou em contato com o cirurgião plástico norte-americano McKay McKinnon, referência em cirurgias do tipo, e investiu R$ 200 mil em custos hospitalares e no pagamento de passagens para que o médico viesse até o Brasil e realizasse a cirurgia inédita no país, que durou 11 horas.
2. Sistema próprio
Também com neurofibromatose, um vietnamita de 31 anos passou por uma cirurgia de 12 horas para retirada de um tumor de 82 quilos que tomava toda a perna direita dele. Nguyen Duy Ha foi internado no FV Hospital, na cidade de Ho Chi Minh, e levou 10 dias para se recuperar.
"Um tumor deste tipo desenvolve o seu próprio sistema sanguíneo, com artérias enormes e um grande risco de sangramento", afirmou em entrevista ao jornal CNN o médico responsável pela operação, Jean-Marcel Guillon.
Pouco mais de um ano depois da cirurgia, porém, o vietnamita sofreu uma embolia pulmonar e morreu. Na época, os médicos não informaram se a causa da morte tinha qualquer ligação com a doença genética.
1. Bola de futebol na cabeça
Nos Estados Unidos, uma imigrante colombiana de 89 anos precisou passar por uma cirurgia de duas horas para retirada de um tumor do tamanho de uma bola de futebol na cabeça.
Lorenza De La Villa diagnosticou o tumor aos 64 anos, mas, por ser uma massa pequena e benigna, os médicos sugeriram que ela não passasse por uma cirurgia arriscada para retirá-lo.
Vinte e cinco anos depois, após o crescimento exagerado da massa prejudicá-la em atividades do dia a dia, ela foi internada no Lenox Hill Hospital, onde passou por uma cirurgia de duas horas que incluiu a implantação de uma placa de titânio para reparar danos no crânio "comidos" pela massa.
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