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Tumor de 46 kg retirado de mulher no Rio supera recorde do Guinness Book

O médico cirurgião Glaucio Boechat disse que esse foi o maior tumor que ele já operou em 20 anos de profissão - Arquivo Pessoal
O médico cirurgião Glaucio Boechat disse que esse foi o maior tumor que ele já operou em 20 anos de profissão Imagem: Arquivo Pessoal

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

19/09/2022 22h05

A mulher de 45 anos que morreu 11 dias após a retirada de um tumor de 46 kg, em um hospital em Itaperuna (RJ), entrou para a história da medicina. Segundo Glaucio Boechat, médico-cirurgião que operou a paciente de emergência para a retirada do tumor, o mioma é o maior já retirado no mundo em uma pessoa viva.

"Na revisão da literatura não foi encontrado um mioma maior retirado de uma paciente. Até então, o maior tinha 45,5 kg. No Guinness Book, há o relato de um tumor de 30 kg na Índia", conta Boechat.

O médico-cirurgião conta também que a mulher relatou alívio após a operação. "Vivemos dias de luto após a perda da paciente. Porém, deixo aqui o relato que, com a graça de Deus, a paciente me relatou que sentiu alívio por poder respirar melhor e conversar".

De acordo com o resultado da biópsia, o caso é condizente com um mioma, que seria um tumor uterino benigno formado por tecido muscular.

A paciente é natural de Minas Gerais, mas morava em Itaperuna. Com 1,52 m de altura, a mulher pesava 150 kg e convivia com o tumor há cinco anos, segundo o médico.

A cirurgia durou cerca de duas horas e aconteceu no Hospital São José do Avaí, no dia 31 de agosto. A paciente faleceu após 11 dias de internação.

"Ela estava muito bem domingo pela manhã. Fez uma parada cardíaca no período da tarde. O normal é a pessoa se recuperar após a retirada, mas esse tumor era enorme. Isso torna a cirurgia muito grande. Além de ter sido uma cirurgia de emergência, há fatores de risco", explicou o médico.

Boechat alerta sobre a importância de não negligenciar sintomas. "Ao primeiro sinal, procure auxílio médico, visando um diagnóstico precoce, possibilitando ao profissional buscar intervenções enquanto há controle no processo evolutivo da doença".