Professor é preso suspeito de estuprar alunas por pelo menos 8 anos em GO
Um professor de Caldazinha (GO) foi preso na quarta-feira (18) por suspeita de estuprar alunas da Escola Prof. Sebastião Rodrigues de Oliveira. A detenção do homem ocorreu cinco meses após o início das investigações contra ele, denunciado em maio pelo Conselho Tutelar após o relato de três alunas.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, o professor aproveitava da sua condição de docente para praticar "reiteradamente, diversos atos libidinosos contra suas alunas, consistentes em acariciar seios, nádegas, pernas e coxas e forçá-las a sentar em seu colo, sobre sua região genital, com finalidade libidinosa".
Segundo a delegada responsável pelas investigações, Gabriela Moura, da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) de Senador Canedo, as primeiras denúncias ocorreram após uma palestra de educação sexual realizada na escola.
Pelo menos cinco vítimas passaram por oitivas acompanhadas de psicóloga especializada e o conjunto de provas levou ao pedido de prisão preventiva do homem. "Ele não confessou o crime. Alegou que as acusações decorrem de perseguições que ele vem sofrendo", disse a delegada em entrevista ao UOL.
A polícia divulgou a foto do suspeito nas redes sociais ontem em busca de mais vítimas. Segundo o Conselho Tutelar do município, mais de 10 responsáveis por crianças apareceram desde a publicação para fazer denúncias contra o professor.
"Orientamos as vítimas a irem à delegacia", disse o órgão ao UOL. Todas as vítimas tinham, na época dos abusos, entre 9 e 11 anos.
Segundo a delegada, o homem dava aula na escola desde 2005 e os relatos mais antigos protocolados pela polícia têm oito anos.
"Já ouvimos vítimas do ano de 2014 e 2015, mas temos então a informação de que os fatos ocorrem há muito tempo e contra várias vítimas", disse.
"Sabemos que muita gente já procurou o conselho tutelar dizendo que também foi vítima, mas ainda não veio à delegacia, então é difícil a gente precisar um número de vítimas, mas, de fato, depois que publicamos a foto dele, nós conseguimos ampliar o alcance e encorajar mais vítimas", disse a delegada.
O UOL buscou a Prefeitura de Caldazinha por e-mail, telefone, mensagem no WhatsApp, Facebook e no Instagram em busca de um posicionamento sobre se o professor será afastado da escola e sobre se alguma denúncia contra ele tinha sido registrada nos anos de serviço, mas não foi atendida ou respondida até o fechamento desta matéria.
A polícia não informou se o suspeito apresentou defesa no momento da prisão. O processo corre em segredo de Justiça e o UOL não encontrou, até o momento, o nome do advogado do professor. A Defensoria Pública de Goiás afirmou que não representa o homem.
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