Topo

Esse conteúdo é antigo

Jovem de 23 anos é morto por PM de folga em McDonald's de SP

Segundo polícia, grupo de quatro pessoas abordou policial de folga para roubar arma dele e, com segunda arma, PM atirou em um dos suspeitos - TV Globo/Reprodução
Segundo polícia, grupo de quatro pessoas abordou policial de folga para roubar arma dele e, com segunda arma, PM atirou em um dos suspeitos Imagem: TV Globo/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

24/10/2022 15h13Atualizada em 24/10/2022 15h13

Um policial militar de folga matou um jovem de 23 anos em uma lanchonete McDonald's no bairro da Vila Curuçá, zona leste de São Paulo, na noite de ontem. Um amigo que estava com ele, de 24 anos, acabou preso.

A polícia afirma que o jovem fazia parte de um grupo criminoso que tentou roubar a arma do PM, mas a família contesta a versão, alegando que o agente estaria embriagado e teria agido possivelmente por ciúmes.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o policial estava na lanchonete quando teria sido abordado por quatro pessoas que teriam roubado a arma dele. O PM então teria reagido com uma segunda arma, baleando um dos suspeitos e detendo um segundo. Os outros dois teriam fugido.

Em imagens divulgadas pela TV Globo, um jovem de 24 anos é agredido pelo policial enquanto o outro, baleado, já está no chão.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e o rapaz de 23 anos foi levado ao hospital Santa Marcelina, também na zona leste, mas não sobreviveu ao ferimento.

Ainda no local do crime, a avó do jovem morto afirmou que o policial estava embriagado quando atirou nele.

"Os meninos que estavam no carro estavam olhando para a namorada dele [do policial]. Ele estava bem louco, o carro dele estava cheio de bebida, tiraram foto", afirmou Elisabete Moreira, citando outras testemunhas, à TV Globo. "Ele é um menino direito. Eu que criei ele", disse.

Segundo a SSP, a morte da vítima é investigada pelo 50º DP como homicídio decorrente de intervenção policial e a prisão do jovem, como tentativa de homicídio contra o policial. As armas usadas no episódio foram apreendidas.

O UOL questionou à SSP se as versões de outras testemunhas, como as citadas pela avó do jovem, foram incluídas no boletim de ocorrência do caso, mas não recebeu resposta sobre o assunto.

Em nota, a Polícia Militar afirmou apenas que "as circunstâncias relativas aos fatos serão apuradas".

Os envolvidos no caso não tiveram as identidades divulgadas pela polícia.