'Escapou de 5 covids e um demônio faz isso', diz madrasta de jovem morta
A família de Rita Nogueira, 27, se revoltou com a decisão da polícia de liberar o estudante de enfermagem Iago Lacê Falcão, 26, que, segundo a corporação, confessou ter matado a jovem com quem manteve um breve relacionamento.
A técnica de enfermagem desapareceu no domingo (13) e seu corpo foi encontrado apenas na terça (15) em uma casa no bairro de Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que pertence à família do suspeito. Durante o sepultamento de Rita, na manhã de ontem, parentes da jovem afirmaram que Iago é um "demônio" e lamentaram a violência sofrida pela profissional de saúde, que já tinha se recuperado da covid-19 cinco vezes.
"A gente falava pra ela ter cuidado com problemas de saúde, porque era muito plantão, quase não tinha vida. Ela escapou da covid cinco vezes pra agora esse demônio, esse covarde, fazer isso com ela", declarou Raquel da Silva Alves, madrasta de Rita, à TV Globo, destacando sua revolta com a soltura do suspeito. "Daqui a um mês ninguém lembra mais da Rita, ninguém lembra mais dessa história e ele provavelmente já vai estar fazendo outra vítima."
O corpo de Rita foi encontrado com as mãos, os pés e o pescoço amarrados na casa da família de Iago. O imóvel, segundo vizinhos, está abandonado há cerca de dez anos. Na delegacia, a advogada do estudante, que não se identificou, disse que irá aguardar a conclusão do inquérito para se manifestar.
No registro da ocorrência, o delegado André Renato Ramos da Silva explicou que "não havia mais flagrante" no momento que Iago se apresentou à polícia, alegando ainda que "o suspeito se apresentou espontaneamente, fornecendo detalhes sobre onde estava o corpo e onde o crime teria acontecido".
A família da vítima acredita que o homem tinha sentimentos de posse e insegurança em relação ao ex-marido de Rita, com quem ela ficou por cerca de dez anos.
"Imagina você perder alguém da sua família que é tão querida dessa forma. Você chegar em um local e descobrir barbaridades com a pessoa que você ama e no dia seguinte você ouvir que o assassino que fez isso, que fez ela sofrer, está na rua, livre, andando por aí. A gente não come, não dorme, a nossa vida com certeza vai dar uma parada", afirmou Jéssica Nogueira, prima da técnica em enfermagem, também à Globo.
Rita e Iago estavam juntos há pouco mais de um mês, mas se conheciam há mais tempo por trabalharem na mesma área. A jovem desapareceu na noite de domingo após entrar no carro do rapaz, como mostraram câmeras instaladas nos arredores da casa em que ela morava.
Em seguida, os dois foram juntos até um motel, onde a vítima teria sido morta antes de ter o corpo transportado até a casa abandonada, segundo as investigações.
"Eles estavam literalmente se conhecendo e um cretino desses acaba com a vida, com a família, com os sonhos. Ela estava realizando alguns projetos, alguns sonhos dela. Podemos dizer que ela estava vivendo o melhor da vida dela. O que deixa a gente mais triste é saber que ele está por aí, vivendo a vida dele normal e a gente está aqui dilacerado", concluiu a prima.
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